Técnicas e Tácticas Individuais

Existem certos requisitos que um atleta tem de possuir, em graus elevados, se porventura desejar praticar “bem” a modalidade e cujo conjunto constitui a sua capacidade técnica e táctica individual. São eles:
– Patinagem, domínio de bola, controlo de passes, seticada e dribles (fintas).
PATINAGEM

Desta condição estão excluídos os guarda-redes que, por força das suas funções específicas, além duma patinagem aceitável, exigem outros requisitos, que serão tratados no capítulo respectivo.
Outras qualidades correlativas, abarcadas pela componente biológica, biomecânica, motora, fisiológica, psicológica e teórica, devem ser consideradas. A simples prática do hóquei em patins, (bem como qualquer outro desporto), concorre para o apuramento das qualidades inerentes a estas componentes.
Com a introdução de metodologias de treino adequadas, apressar-se-á o desenvolvimento de todas as qualidades motoras, com ênfase nas qualidades dominantes da modalidade, tais como o equilíbrio sobre patins, a velocidade (de deslocação, de execução e de reacção), a força, a resistência (em vários regimes), que constituem o suporte das técnicas e tácticas individuais e, eventualmente das tácticas de grupo.
Um sistema táctico, como por exemplo, o Carrossel, que busca impor um domínio sobre o adversário e soluções para os problemas que se apresentam à equipa, tem de ser reconhecido e aceite como estritamente ligado às capacidades física e de técnica e táctica individual que cada jogador adquiriu como resultado dos treinos que realizou.
A patinagem, como não podia deixar de ser, é a base fundamental da prática do hóquei em patins. O bom jogador é aquele que percorre o recinto sobre as oito rodas, sem preocupações por esse facto. Quer o atleta já saiba patinar ou não, para apurar mais essa capacidade, terá de executar exercícios intensos e, no caso da nossa modalidade, deverá fazê-lo segundo as “linhas do sistema”. Estas linhas resultam dos percursos mais trilhados pelos jogadores, durante os jogos. Os exercícios de patinagem deverão ser sempre realizados nos dois sentidos, o dos ponteiros do relógio e o inverso, sendo também obrigatória a patinagem de costas. Sugerem-se os seguintes exercícios:
1 – Na elipse:

Elipse1.2 - Ao som do apito, o último da linha “sprinta”, indo colocar-se à frente do grupo e assim sucessivamente. Duração 5 a 8 voltas.

1.3 – Ao som do apito, viram-se e patinam de costas durante cerca de 10 segundos, de frente 5 segundos, novamente de costas e assim sucessivamente.
1.4 – Os mesmos exercícios, pela mesma ordem, serão agora realizados no sentido oposto. Duração: idêntica à dos exercícios anteriores.
1.5 – Ao som do apito, sprintam todos, dando voltas em regime de velocidade máxima e, após recuperação do esforço, repetem em sentido oposto, duas ou três vezes cada.
Recomendações:

a – No exercício “1.1” os atletas devem passar mesmo defronte da baliza, havendo necessidade, por vezes, de colocar um objecto, tal como um setique, para assinalar a distância sugerida. Este exercício procura condicionar os atletas a passarem defronte do guarda-redes.
b – Nos exercícios “1” e “2” os atletas patinam relativamente devagar e devem manter-se juntos, de modo a que aquele que “sprinta” possa chegar à cabeça da fila, após o que deve abrandar a velocidade.
c – Durante estes exercícios, há que insistir com os atletas para que segurem o setique com ambas as mãos, mantendo-o sempre abaixo do nível dos ombros. Ao “sprintarem”, os patinadores baixarão a cabeça e concentrar-se-ão no acto.
2 – No “oito” com 3 círculos:

Oito com três círculos

2.1 – Com os atletas em fila, patinam de frente. Duração: 5 a 8 voltas.
2.2 – Ao som do apito, viram-se e patinam de costas até completarem um percurso inteiro, voltando a patinar de frente durante 3 a 5 segundos. Novamente de costas e assim sucessivamente. Duração: 5 a 8 voltas.
2.3 – Os mesmos exercícios, agora em sentido oposto. Duração: idêntica à anterior.
Recomendações:

a – Lembrar aos atletas que estes exercícios, combinados com os efectuados sobre a “elipse”, definem as “linhas do sistema”.
b – Os exercícios sobre o “oito” com 2 círculos, serão efectuados até os atletas entenderem as “linhas do sistema”. Depois disso, pode-se pô-lo de parte, passando a usar-se o “oito” normal, um maior e outro menor e finalmente, círculos achatados em elipse, dentro duma metade do campo.
3. No “oito” normal:

Oito normal

3.1 – Igual a “2.1”
3.2 – Igual a “2.2”
3.3 – Igual a “2.3”.
– Recomendações:

a – Os exercícios sobre esta figura são importantes porque ela representa os trilhos insistentemente percorridos pelos jogadores quando tentam assaltar o “quadrado” adversário.
b – Realçar que o ponto de tangência dos círculos situa-se sensivelmente no centro do “quadrado” defensivo.
4 – No círculo maior:

Espiral

4.1 – Igual a “2.1”
4.2 – Igual a “2.2”
4.3 – Para finalizar esta série, o treinador coloca-se numa tabela, caminha e pára, metro a metro, na direcção da tabela oposta, transformando lentamente o círculo numa espiral, de largura cada vez mais reduzida. Duração: 1 a 2 vezes.
4.4 – Exercício idêntico, em sentido oposto.
Recomendações:

a – Sendo um exercício que visa estimular os músculos das pernas dos atletas, estes executá-lo-ão em passadas largas, cadenciadas e lentas, mantendo o cruzamento de pernas até ao fim, quando se acumulam num molhe.
b – Importante: Os patinadores devem manter uma posição do corpo tal que apresentem o peito virado para o centro dos círculos que fazem.
5 – Na largura e comprimento do rinque:

Na largura

5.1 – Com os atletas ao longo duma das tabelas longitudinais, arrancam e “sprintam” de tabela a tabela, travando ao som do apito, de lado, com as pontas das botas voltadas sempre para a mesma direcção. Duração: 2 a 4 vezes, bem feito.
5.2 – Com os atletas postados ao longo duma tabela de topo, arrancam e “sprintam” em direcção à tabela oposta. Ao som do apito, viram-se e travam energicamente sobre ambos os tacos, arrancando em “sprint” novamente, ao som do apito.

Na longitudinal

Recomendações:

a – Insistir com os atletas para só reagirem ao som do apito, pois tendem a fazê-lo quando bem entendem.
b – Calcular os tempos entre as apitadelas de modo a que os percursos sejam gradualmente mais curtos.

DOMÍNIO DE BOLA

O domínio de bola significa o controlo da bola por meio do setique, em todas as circunstâncias, junto ao chão, a saltitar, a meia altura, com duas ou uma mão, a patinar de frente ou de costas. Só se consegue um alto domínio, com treinos intensivos, muito contacto com o esférico e, principalmente, com muita paciência e persistência.
Durante as sessões de treino, há que combinar a preparação geral com exercícios para apurar o domínio de bola e que deverão realizar-se sobre as “linhas do sistema”. Este aspecto da preparação individual é dos mais importantes, na medida em que os passes, as seticadas e os dribles, dependem da capacidade que o atleta possua para controlar o esférico.
1 – No “oito” normal:
1.1 – Os jogadores percorrem esta figura, conduzindo a bola junto ao chão, batendo-a com ambas as faces do setique. Duração: 5 a 8 voltas.
1.2 – Exercício idêntico, mas em sentido oposto. Duração: 5 a 8 voltas.
2 – No círculo grande:
2.1 – Idêntico ao exercício “1.1”
2.2 – Idêntico ao exercício “1.2”
2.3 – Idêntico ao exercício “2.1” mas com a bola a saltitar.
2.4 – Idêntico ao exercício “2.3” mas em sentido contrário ao anterior.
3 – Com obstáculos:
3.1 – Os jogadores conduzem a bola com obstáculos no seu caminho, (que podem ser toros de madeira com 80x5x5 cms), fazendo entradas alternadas, um a seguir ao outro, de modo a saírem em direcções opostas. Os obstáculos podem ser quaisquer objectos que sejam visíveis.
Recomendações:

a – Convém efectuar este exercício em conjugação com o treino do guarda-redes, com seticadas finais à baliza.
b – Insistir com os jogadores para se concentrarem no acto da seticada, procurando atirar a bola para o lado do GR oposto à direcção de patinagem.
c – Recomendar aos atletas para seticarem sem descrever grandes arcos com o setique, sendo preferível fazê-lo de modo subtil, com intenção de colocar a bola, ao invés de batê-la com força desmesurada.

PASSES

O princípio que governam os passes em jogo, ou do seu treino, é que devem ser feitos de preferência junto ao chão, isto é, rasteiros, e em todos os casos, batidos ou empurrados, a bola é atirada em grande velocidade. Não se podem gizar jogadas tácticas de grupo se os passes não forem eficazes e o controlo deste gesto desportivo só se verifica se soubermos parar uma bola recebida e atirá-la seguidamente para um companheiro, parado ou em movimento. E esteja o colega parado ou em circulação, a bola deverá ser sempre atirada para a frente dele e não para a figura.

1 – No campo inteiro:
1.1 – Os jogadores, postados ao longo das tabelas longitudinais, aos pares, passam a bola dum para o outro, parando-a e devolvendo-a logo de seguida.
1.2 – Idêntico ao anterior, mas a bola, é agora passada a meia altura, parada no ar pelo receptor, que a coloca no chão para seguidamente devolvê-la também pelo ar.
1.3 – Em grupos de três, os jogadores executam o que se poderá chamar uma “triangulação”. Um jogador patina com a bola entre dois colegas e assim que forme um triângulo equilátero, passa a um deles que actuará da mesma forma e assim sucessivamente.
1.4 – Grupo de quatro jogadores parados, trocam uma bola entre si, aleatoriamente,
1.5 – Idêntico, com duas bolas.
1.6 – Idêntico, com três bolas.
Recomendações:

a – Os passes devem ser sempre rasteiros e com força. O tempo que medeia entre a recepção, controlo da bola e pancada para a devolução, deve ser cada vez mais curto.
SETICADAS

Tal como um tiro de espingarda, a seticada é o factor mais importante e decisivo na consecução dos objectivos duma equipa. Golos que darão a vitória estão dependentes de boas seticadas. Assim, em todas as sessões, há necessidade de as exercitar, pois só desse modo poderemos adquirir a naturalidade de movimentos e fluidez de execução e atingir um elevado grau de precisão.
Pode-se treinar a seticada exclusivamente, mas existe a necessidade de realizarmos esses exercícios simultaneamente com os guarda-redes, que até esta fase, estão a fazer exercícios especiais de aquecimento, adequados à sua posição.
1. Em metade do campo:
1.1 –  Os jogadores estacionam a meio rinque, junto duma tabela e partem ao som do apito, em diagonal, sobre o lado oposto e seticam.
1.2 – Idêntico, mas mudam de lado.
1.3 – Idêntico, mas com metade dos jogadores, de cada lado, e a partirem alternadamente, ao som do apito.
1.4 – Idêntico, mas os atletas trocam de lado.
1.5 – Os jogadores partem do meio do terreno, uns atrás dos outros e seticam sobre a linha de grande penalidade.
1.6 – Idêntico, mas tentando driblar o guarda-redes. Duração: 5 seticadas em cada caso.
Recomendações:

a – Manter um ritmo acelerado de treino, tendo em conta que isso obrigará o guarda-redes a uma actividade intensa, de grande esforço, que promoverá as capacidades que lhe são peculiares.
2. Na área de grande penalidade:

Treino de guarda-redes A

2.1 – Estacionados sobre um semi-círculo, cinco atletas atiram à baliza estritamente ao som do apito, por ordem numérica, (1-2-3-4-5), mudando para, (5-4-3-2-1).
2.2 – Idêntico, mas alternando a ordem numérica: Exemplo: (3-5-2-4-1) ou (1-4-2-5-3) ou (2-4-1-5-3), etc. O número de atletas pode ser aumentado e várias combinações podem em ser preparadas.
2.3 – Em semi-círculo, agora fora da área, a uma distância devidamente calculada, 8 a 9 jogadores preparam-se para atirar à baliza sob indicação do treinador que, com um sinal discreto, escolhe quem vai atirar. O guarda-redes, sentado com as pernas dentro da baliza, sem olhar para trás, vira-se lesto ao som do apito, procurando identificar pela pancada na bola, a origem da seticada.

Treino de guarda-redes B

2.4 – Numa brincadeira final, os jogadores atiram todos ao mesmo tempo, provocando uma chuva de bolas, surpreendendo o guarda-redes que fica paralisado, quer de pé quer agachado, mas mantendo o bom senso de não se virar de costas).
Recomendações:

a – Os atletas devem debruçar-se sobre a bola, concentrados para reagirem somente ao som do apito.
b – Evitar confusões, obrigando-os a registar rapidamente, a sequência das seticadas, indicadas pelo treinador.
c – No referente à brincadeira em “2.4”, eventualmente, o guarda-redes aprenderá a imobilizar-se,  ganhando a confiança que o seu equipamento lhe confere.
Nota geral: Recomendar aos atletas que não setiquem com movimentos lentos e denunciadores. As seticadas, quer de pancada, quer de empurrão, não necessitam mais que 30 a 50 cms de arrastamento ou arco. A seticada chicoteada, é das mais eficazes, e resulta da coordenação de acções do corpo, braços e pulsos.
DRIBLE (FINTA)

O drible é uma arma poderosa desde que utilizada nos momentos oportunos e com a devida moderação. Os atletas não nascem dotados com esta capacidade que, tal como as outras, só se adquire como resultado de muito trabalho, inteligência e afã. A arte de driblar é uma combinação de movimentos do corpo, setique e bola, tendente a dissimular as verdadeiras intenções do atacante. O drible, em alta velocidade sobre os patins, é quase impossível de se executar pelo que, de um modo geral, o atacante foge ao defensor em vez de tentar uma finta. É mais viável quando o jogador se desloca lentamente, (permitindo-lhe mudanças súbitas de velocidade) e o drible torna-se imparável se o defensor patina na nossa direcção e o atacante parte da posição parada.
Se analisarmos o drible, podemos concluir que ele pretende que o defensor procure apoderar-se da bola. Assim, toda a simulação visa levar o adversário a estender o braço e o setique, convencido que vai conseguir o desarme. Nesse preciso momento, tirando partido do desequilíbrio provocado, o atacante esgueira-se com a bola pelo lado que mais lhe convenha ou lhe der jeito. O drible está também ligado às capacidade de arranque e de travagens bruscas, de lado. Quanto maior ela for, mais surpreendentes serão as acções de drible.
1 – Na largura do rinque:
1.1 – Com os jogadores em grupos de dois, enfrentando-se, um deles parte da tabela com a bola e tenta driblar o outro que se encontra mais ou menos no eixo longitudinal do rinque. Se perde a bola, será a vez do colega, tentar.
Recomendações:

a – O jogador que ataca deve imaginar um corredor de 2 a 2,5 m de largura e procurar não sair dele. Com o treino persistente, se conseguir executar a finta e ultrapassagem na largura de 1,2 a 1,5 m, tornar-se-á um malabarista famoso.
2 – No meio do rinque:
2.1 – Com os jogadores divididos em dois grupos, cada um com a sua bola, partem alternadamente, ao som do apito e procuram driblar o defensor e fazer golo. Este, que estava postado perto da linha de meio campo, recua de costas para defender-se junto da linha de grande penalidade. Nota: é uma situação nítida de contra-ataque e um óptimo exercício para os defensores, que avançam e recuam a um ritmo que se pretende avassalador.
Recomendações:

a – No exercício feito na largura do rinque “1.1”, proibir o atacante de meter a bola entres as pernas do que se opõe.
b – No exercício a meio do rinque “2.1”, passar a bola entre as pernas do defesa já é aceitável.

4 Responses to Técnicas e Tácticas Individuais

  1. José says:

    Ex-mo Senhor:

    Antes de mais, desejo que tenha um próspero e feliz Ano-Novo.
    Dado que sempre ouvi tecer os maiores elogios aos jogadores de hóquei em patins de Moçambique, que nunca tive a ventura de ver actuar, atrevia-me a solicitar, se for factível e não der muita maçada nem provoque qualquer constrangimento, uma breve resenha do perfil técnico desses heróis.
    Antecipadamente grato, subscrevo-me com toda a cordialidade
    José

    Nota: poderá dizer-me se existem à disposição do público algum filme ou excertos de algum jogo desses tempos?

  2. Velasco says:

    Caro José ??? (o apelido seria bem-vindo)
    Retribuo os votos de um próspero e feliz Ano-Novo

    Existem de facto filmes sobre alguns dos nossos jogos. A Produções Golo de Moçambique acompanhou o torneio de Montreux em 1958; a RTP fez a cobertura do Mundial, realizado no Porto, nesse mesmo ano; a Eurovisão estava presente no Europeu de 1959, realizado em Géneve e a TVE espanhola cobriu o Mundial de 1960 que teve lugar em Madrid. Todas estas provas foram ganhas pela nossa Selecção Nacional, sendo efectivos, os quatro jogadores moçambicanos de que se refere. Possuo excertos de jogos realizados nesses anos e em tempo oportuno espero colocá-lo neste site.

    Delinear o perfil técnico desses atletas é tarefa fácil pois não chegariam à Galeria dos Campeões do Mundo se não possuíssem em nível muito elevado, grande poder e resistência física, velocidade de deslocação e execução, domínio completo de bola e alta precisão de seticada. Tudo aliado a uma grande paixão pela modalidade e pelo espírito que os animava de proporcionar espectáculo. Na barra de acesso, no topo, em “Os Famosos”, pode ler, nas palavras dos próprios, os resumos das suas vidas.

    Cumprimentos

  3. Mariano Lemos says:

    desde aproveito agradecer-lhe porque este e outros conteudos postados por voces tem mi ajudado muito no trabanho que estou adesenvolver com a equipa de hoquei em patins do Instituto Medio Agrario do huambo desde 2012, temos alcansado grandes exitos em termos de perfoma se dos atretas e uma qualidade aceitavel nos nossos atretas
    .
    abraços

  4. Velasco says:

    Caro Mariano.

    Fico satisfeito por saber que os conteúdos do meu Site o tenham ajudado. A razão deste meu trabalho foi exactamente para contribuir de alguma forma para o desenvolvimento da modalidade, baseado na minha experiência. Temos de compreender o passado para encararmos o futuro. Tenho boas recordações da minha passagem pelo Huambo apesar das contrariedades que surgiram posteriormente. Felicito-o por manter a chama viva no Instituto Médio Agrário, aliás, Angola tem sido coerente ao continuar com o Hóquei em Patins. Desejo-lhe o maior sucesso no seu empreendimento. Abraço.

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