De regresso a Monza, apoiado pelo preparador físico, Walter Albertarelli, concentrei-me na preparação do plantel. Para que este meu colega não tivesse ilusões, pois estreava-se no hóquei em patins, caracterizei o nível técnico-táctico da equipa, como uma de 2ª divisão, mal preparada em todos os aspectos, apesar dos nomes sonoros de alguns dos seus componentes. Os testes que realizámos, levou-nos a interiorizar que, como equipa, eles só iriam responder na segunda volta do campeonato e que teríamos que enfrentar, com a maior serenidade possível, as inevitáveis marés altas e baixas. Uma vez conscientes da situação, não demos folga aos atletas e cumprimos a pré-preparação programada e todos os treinos semanais intercalados com os jogos.
Como fora antecipado, uma primeira volta fraca e uma melhoria acentuada na segunda, permitiram ao Monza participar nos oitavos de final do Play-off, sem qualquer hipótese, a meu ver, de enfrentar um segundo adversário. Mas era a equipa que existia, com problemas específicos difíceis de superar, em especial a disparidade, não só de idades, como também de remunerações no seu seio, causadora de alguns distúrbios e uma bem disfarçada má vontade.
Felizmente que os atletas António Casiraghi*** e Maurizio Righi*** se empenharam com seriedade na sua preparação pois, com as suas idades e experiência, trouxeram uma certa estabilidade ao conjunto. Esses médios, com o incrivelmente veloz Riccardo Pardini****, formaram normalmente uma estrutura base, defronte do guarda-redes G. Enrico Citterio***, onde se encaixava bem ora o batalhador Fabrizio Villani***, ora o jovem criativo Alexandre Serra***. Roberto Citterio** e Lirio Valenti** foram menos utilizados, bem como os guarda-redes Adriano Biava** e Sergio Passeró***. Gino Frangini* e Massimo Picozzi*, dois jovens estreantes fizeram parte do plantel.
Por outro lado, as equipas participantes não eram formações de somenos valor. Pela ordem do desenrolar do calendário, faço o registo os resultados dos jogos das duas voltas do campeonato e as respectivas formações adversárias. As estrelas (***), de 1 a 5, representam a minha valoração empírica dos atletas no momento do jogo. Os resultados da segunda volta, aparecem entre parêntesis:
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01 – 02 Out – Monza 4 (1) x Zoppas Pordenone 2 (8): – GRs: Parasuco **** e Battistella, Lovato***, Kossler***, Kalik***, Manfrin, Meroni***, Faccin***, Maffei e Vanzo*** e Pellegrini***. – All: Silvani – Arb: Manetti, di Follonica.
02 – 09 Out – Galeari Trissino 3 (1) x Monza 0 (4) – GRs: Peron*** e Lora, Nicoletti, Golin***, A.Cenzi***, M. Cenzi***, Dal Lago***, Cancan e Giuriati. – All: Consolaro – Arb: Torchia, di Pistoia.
03 – 16 Out – Monza 3 (4) x Atletico Forte dei Marmi 3 (5) – GRs: Cupisti**** e Galleotti, A. Checchi***, R. Checchi, Verona, Crudeli***, Bacci, Barsi****, Cocinero*** e Vincenzini – All: Luisi – Arb: Monttini, di Novara.
04 – 30 Out – Schneider Bassano 6 (1) x Monza 2 (5) – GRs: Stella*** e Barbiero, Tasca, Saccardo, Fietta, Marangoni***, Scuccato***, Sturla, Milani*** e Galliotto – All: Lenoni – Arb: Ruspa, di Novara.
05 – 06 Nov – Monza 5 (13) x Roller Monza 4 (4) – GRs: Dalceri e Baffelli, Facchini***, Brandolin, Campolungo***, Virgílio***, Lepore***, Cassano, Gozzi*** e Di Noja – All: Facchini – Arb: Bassi, di Lodi.
06 – 13 Nov – Panvital Follonica 3 (3) x Monza 1 (7) – GRs: Paggi*** e Fagiolini, Maldonado***, Fraternale, Cavallini, Artini***, Mariotti***, Micheli, Pietrini e Ricco*** – All: Cozzi – Arb: Zin, di Verona.
07 – 20 Nov – Monza 0 (2) x Corradini Reggio Emilia 1 (3) – GRs: Anedda*** e M. Aguzzoli, Ascari***, Magnani, Cavagnari, Vicente****, Turturro***, Debbi, I. Aguzzoli, Marzella***** – All: Vicente – Arb: Ruspa, di Novara.
08 – 27 Nov – Maglificio Anna Vercelli 7 (3) x Monza 1 (1) – GRs: Fontana***** e Molteni, Borrini****, Tarchetti, Cesana****, Motaran, Martinazzo*****, Girardelli****, Menino e Rollino – All: Battistella – Arb: Manetti, di Follonica.
09 – 04 Dez – Monza 2 (0) x Marzotto Valdagno 1 (2) – GRs: Grigolato e Gentilini.1***, Gentilini.2***, Cocco***, Pretto***, Sasso, Maculan***, Peserico e Gueglieri – All: Gueglieri – Arb: Mantovi, di Reggio Emilia.
10 – 08 Dez – C.G.C. Viareggio 5 (1) x Monza 2 (2) – GRs: Coppola*** e A. Pardini, Paolo A, Bertuccelli, Cardoso***, Paoli S. Pardini M., Petrini***, Crudeli*** e Cinquini*** – All: Bargellini – Arb: Acquafresa, di Trieste.
11 – 11 Dez – Monza 7 (2) x A.F.P. Giovinazzo 1 (3) – GRs: Altieri*** e Stufano, Amato***, De Palma La Bianca, Frasca***, Cannato***, Marolla, Caricato*** e D’ Agostino – All: Massari – Arb: Tinta, di Trieste.
12 – 18 Dez – Amatori Lodi 5 (3) x Monza 1 (3) – GRs: Ricci*** e Gasparini, Colamaria****, Severgnini, Coria****, Prada, Fantozzi***, Calloni, Rizzitelli*** e Nava – All: Severgnini– Arb: Ferrari, di Modena.
13 – 22 Dez – Monza 8 (5) x Aliva Pavesi Novara 1 (3) – GRs: Givoni*** e P. Asperi, G. Asperi***, Fona, Luz****, Ferrari, Rollino***, De Grandis, Lodigiani e Belli**** – All: Ariatti – Arb: De Petri, di Reggio Emilia.
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Entretanto, em meados de Fevereiro instalei-me em Biassono, na Rua Riboldi Stefano 41, uma vila pacata situada na vizinhança de Monza, numa moradia adquirida pelo Clube, que a apetrechou de forma funcional, permitindo-me mandar vir de Lisboa o contentor de 16 m3 que se encontrava ainda no cais de Lisboa, com o mobiliário e haveres pessoais. Mas o meu azar foi tal que não reparei que o fundo do contentor que viera de Moçambique tinha apodrecido e assim que a grua pegou nele e pousou na rampa que dava acesso à garagem, algumas pernas de várias peças do mobiliário, estilo Chippendale, talhadas em madeira rara de Moçambique, no princípio do século XX, atravessaram o fundo e partiram-se ao serem comprimidas e arrastadas quando o contentor assentou, deixando-me desconsolado.
Enfim, foi tudo para a garagem e mais tarde, ao regressar a Portugal, ofereci todo o conjunto amputado a um jovem casal vizinho, os Venisti, que tinham sido muito simpáticos ao terem vindo dar-nos as boas vindas, após termos chegado à conclusão que o que se quebrara poderia ser reparado com tempo pois Brianza é uma região de fabrico de mobiliário. Do casal Venisti guardo a curta amizade e uma recordação que ainda mantenho na minha estante: “Il Pensiero di Gramsci”, uma obra histórica, muito interessante, dada a sua temática política.
A nova residência tornou-se no ponto frequente de encontro do Grupo Técnico, em especial Luís (Dodo) Fedeli e Walter Albertarelli e, ocasionalmente, Giuseppe Beretta, o massagista e alguns outros dirigentes. Era um prazer receber estes grandes amigos e almoçarmos juntos um bom “osso bucco” e planearmos o trabalho em total harmonia. Além disso, soavam animadoras as conversas tidas com o secretário-geral do Clube, Tarcisio Giusti, um cavalheiro em toda a linha, o qual, ao conduzir-me a casa depois das sessões, avisava-me para estar preparado para ficar em Itália pelo menos uns dez anos. Mal sabia ele que nessa altura, já se movimentavam na sombra, as “agendas pessoais” que deitariam abaixo todas as ilusões e que relatarei mais adiante.
Uma vez instalados, acompanhado por minha esposa e filho, que pouco tempo depois seria transportado diariamente para o instituto “The International School of Milan”, partimos a explorar a Vila e arredores.
Foi durante uma dessas saídas que observei um grupo de garotos a patinarem no passeio da avenida, enveredando por uma rua lateral, a caminho da escola, (descobri posteriormente), que ficava a curta distância da praça central. Uns dias depois, telefonei a solicitar uma reunião com o Reitor a fim de expor uma ideia que me tinha ocorrido, o da criação de uma Disciplina de Patinagem, cujas aulas se realizariam no Ginásio da Escola.
A ideia não caiu mal e fiquei de ter uma resposta urgente, logo que a questão fosse discutida pelo Conselho Directivo. Aprovaram por unanimidade e, muito rapidamente, dei início às três sessões semanais, que se prolongaram até ao último jogo do campeonato de hóquei em patins. Para mim, era a ocasião de testar se os meus métodos naquele escalão, levariam os vinte a trinta garotos que se inscreveram, dos 5 aos 14 anos e que mal sabiam patinar, a níveis de proficiência aceitáveis, no mais curto espaço de tempo. Foi um sucesso reconhecido por todos, pais, professores e inclusivamente os dirigentes do Hockey Club Monza e sobre esta disciplina de Patinagem, farei um relato pormenorizado que será publicado na rubrica “O Carrossel”, sob o título: “Uma Escola de Patinagem”.
Paralelamente a estas iniciativas pessoais, há muito que desejava elaborar o controlo estatístico das incidências de jogo, de uma forma sistemática, cobrindo todos os jogos que a nossa equipa realizasse durante as duas voltas do Campeonato. Como o ambiente era propício, apesar das comoções dos perdes e ganhas, consegui mobilizar as namoradas e as esposas dos atletas que acompanhavam regularmente a equipa, a minha esposa e filho e, em especial o meu Director Desportivo, para preencherem os formulários que tinha criado com base no esboço de um futuro computador e que entregava antes de cada jornada.
Distribuindo três cronómetros, com a advertência que esse trabalho era para meu estudo pessoal da modalidade e afirmando sempre, como piada, que ninguém ainda tinha ganho jogos com estatísticas, a informação requerida foi registada por meio de uma simbologia simples. No dia seguinte, analisava os dados e organizava um dossier para a jornada respectiva, elaborando mapas e gráficos que abriam uma nova perspectiva sobre o que se passava durante os encontros.
A colaboração de todos foi muito valiosa pois, no hóquei em patins, estatísticas sólidas e pormenorizadas, nunca tinham sido feitas e acho que, até hoje, nada semelhante foi realizado e adequadamente interpretado para decisões de carácter táctico de que tenha conhecimento. Uma descrição da metodologia será apresentada na rubrica “O Carrossel”, sob o título: “Estatísticas no Desporto”
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Entretanto, não me passara despercebido que grandes esforços estavam a ser feitos pelo presidente Claudio Vergani, no sentido de cobrirem o histórico recinto de Via Boccaccio, que seria partilhado por três entidades, a saber: o H.C.Monza, o Roller Monza, na modalidade de hóquei em patins e o Skating, na patinagem artística. O “Il Cittadino” de 30 de Setembro de 1982, citava uma reunião em que se procurava apoio do Município de Monza.
Como já tinham passado dois meses sem qualquer decisão sobre a proposta de remodelação e cobertura da pista, esta situação mantinha o nosso Presidente preocupado e como também já se tinham realizado 8 jornadas do campeonato, achei oportuno partilhar o meu ponto de vista no que tocava ao Clube, apresentando o seguinte parecer endereçado à SAD, H.C. MONZA, de 2 de Dezembro de 1982.
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Exposição – Il mio punto de vista è questo (este):
1) – L’ H.C. MONZA dato che gli manca (dado que lhe falta) una palestra (um pavilhão), non costituisce una entidà física, dal punto di vista clubistico.
a) Esiste sulla carta (no papel), esiste come ufficio (escritório), esiste al giorno di allenamento (no dia de treino), partite (jogos), esiste disperso.
b) I differenti blocchi (blocos) non formano un corpo único. Dirigenti, tecnici e giocatori non sono totalmente attaccati (unidos). Si trovano (encontram-se), si puo dire, in certi giorni (dias) e dopo (depois) ci si riallontana (se afastam).
c) Non avendo un campo proprio, mancano (faltam) i soci, mancano i figli ed i famigliari di soci, mancano i veri tifosi (verdadeiros apoiantes). Mancando (faltando) questo punto di incontro, non si può avere un avvicinamento (aproximação) di persone, e quinidi (portanto) calore umano che è fondamentale per la vita sportiva.
2) – La Società che definisce (define) l’ H.C, pur avendo (apesar de ter) ristrutturato la Società stessa (ela própria), con dirigenti di buona volontà, com sforzi economici, sembra (parece) che debba ancora (deva ainda) stabilire il próprio obbiettivo.
a) Investe una soma non indifferente per la pratica di hockey.
b) Non ottiene resultati che si aspettava per ragioni molto complessi.
3) – Se mi è permesso un suggerimento, (che è la mia ottica personale) dirò che l’obbiettivo di questa Società deve essere prioritário.
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(Sugiro objectivos a curto, médio e longo prazos).
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Comunque (contudo) condizionati dal fatto di possedere (possuir) o no (ou não) una própria palestra (pavilhão, rinque).
5) – Senza palestra (sem pavilhão) esiste solo un obbiettivo: “La vittoria”.
5.1 – E’ una possibilità a corto tempo. Soluzione per questo:
a) – Costituire una squadra com giocatori di gran nome e capacità conosciuta (conhecida), stranieri o nazionali, ma che possano garantire un risultato.
– Conseguenza: Aumento sensible di investimenti per acquistare nuovi giocatori, senza pensar alla palestra (pavilhão). Questo apporterà (Isto levará a) una situazione sportiva anomale, e cioè (isto é) un grupo di mercenari. (Soluzione temporanea).
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7) – Com palestra própria (pavilhão próprio):
1) – Gli obbiettivi potranno essero più (mais) vasti, e più d’accordo com la parola “club”.
a) – La creazione di un centro, dove (onde) indipendentemente dalla pratica sportiva specifica, potrà permettere numerose altre attività, anche socio culturali, portando (trazendo) una vera (verdadeira) dimenzione all’ H.C. MONZA nella comunità.
b) – Creazione di un vivaio (viveiro) permanente di atleti, che integrati in una nuova mentalità, ed in un nuovo regime di relazioni com la Società, saranno (serão) i futuri supporti dell’attività sportiva.
c) – Ringiovamento (rejuvenescimento) della squadra attuale.
2) – E’ una alternativa a lungo tempo, e potrà iniziare alla fine di questa epoca. Soluzione:
a) – Costruire palestra própria.
N.B. – E’ mia opinione che dividere una palestra com 2 o 3 società non funziona.
Alla luce (à luz) di questa esposizione, la Società ritengo debba sciegliere (considero que deva escolher) la via lunga e sicura, per uno svillupo (desenvolvimento) graduale e tranquillo che è la base di eventuali successi, oppure (ou então) la via corta, subita, emozionale, che non garantisce niente.
Allenatore. F. Velasco»
Nota: Mais adiante, quando a necessidade do Clube emigrar para Biassono se tornou um imperativo, fui levado pelo Presidente Claudio Vergani, na companhia do Director Desportivo Luigi Fedeli, a uns parques industriais nos arredores de Milão, onde estavam sediadas empresas com os respectivos armazéns. O fito era analisarmos e conversarmos acerca dos diversos tipos de coberturas modernas das grandes superfícies. A minha presença só se justificou dados os meus conhecimentos de arquitectura dos quais o Presidente se apercebera quando lhe enviei uma informação de alerta, criticando vários aspectos da planta do Novo Pavilhão que veio publicada num jornal local. Dessa visita ficou-me a certeza que a sua construção seria uma realidade.
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As jornadas de hóquei foram decorrendo de acordo com o calendário, perdendo e ganhando, sabendo de antemão que na ponta final atingiríamos os mínimos estabelecidos: Ficar na 1ª divisão e, se possível, participar dos Play-off. Como Treinador só me restava segurar o leme e manter a cabeça fria, impondo ferreamente o programa de trabalhos planeado o qual, com o auxílio dos outros elementos do Grupo Técnico, decorreram paulatinamente.
Das crónicas positivas e negativas publicadas nos jornais, após as jornadas, vou extrair duas que reflectem o que atrás mencionei:
– Do “Il Cittadino”, de 10 de Fevereiro de 1983, referente à 6ª jornada da 2ª volta:
Este trecho mostra as modificações qualitativas que se operaram nos jogadores, ao longo do tempo disponível, não obstante a grande dificuldade em sanar as mentes formatadas dos mesmos, que desde garotos, actuaram sempre baseados na sua intuição e improvisação, sem que uma ideia ou um sistema guiasse a sua acção conjunta.
«Musica nuova in casa monzese. Velasco, cui não fa certo diffeto la pazienza (que não pecava pela falta de paciência), aveva promesso una squadra competitiva per il girone di ritorno: é stato di parola (cumpriu a sua palavra). E le cifre (os números), giudici incorruttibili (juízes incorruptíveis) dello sport, lo testimoniano con chiarezza. Undici (11) soli punti nell’andata (su 13 incontri), com ripetute cadute esterna (fracassos externos) ed una preoccupante penúria di reti (golos); già otto (8) punti in sei (6) gare della fase discendente (2ª volta), com la bellezza di 25 reti nelle ultime tre vittoriose esibizioni. Adesso il Monza è una realtà, una compagine sólida, perfetta sul piano atlético fatica (cansaço), lavoro, aveva promesso il barbuto (o barbudo) mister a settembre), razionale negli schemi e nelle posizioni sul campo, un complesso capace di integrare e render produttive per il collettivo individualità in passato ingovernabili.»
– Do “Il Cittadino”, de 31 de Março de 1983, referente à 13ª e última jornada da 2ª volta:
«… È già un risultato confortante per gli uomini di Velasco, soprattuto perchè ottenuto (obtido) esclusivamente con le proprie forze, senza bisogno (necessidade) di particolari disavventure altrui (desastres dos outros). Olttrettuto (porém) cancella, questo nítido successo di Novara, una specie di psicosi, un complesso (complexo) della nostra compagine, fortíssima a domicilio (20 su 26 i punti raggranellati in tredici gare), ma decisamente arrendevole in transferta…
«Il Monza dunque (contudo) há centrato (atingiu) l’obiettivo mínimo di questa sua stagione altalenante, contraddittoria. Lo há fatto in maniera convincente sabato sera, sul lúcido parquet di Novara, cun una perfetta sul piano tattico, determinante e concreta.»
As colunas do quadro abaixo mostram que em 1982/83, tendo em conta a posição final na época anterior em que o Monza escapou por um triz de não cair de divisão, o salto qualitativo da 1ª para a 2ª volta é notório, o que deixa os seus responsáveis técnicos de consciência tranquila. Como Treinador nunca me passou pela cabeça qualquer ambição nos jogos dos Play-offs a não ser dar uma luta acérrima ao 1º classificado, mas mesmo isso foi insolitamente torpedeado, conforme carta que escrevi ao Presidente em 21 de Maio e que transcreverei mais adiante.
Entretanto, os treinos continuaram com vista à Copa de Itália, sem data marcada e o Torneio Weil, a realizar-se nos dias 20, 21 e 22 de Maio, para os quais teria de preparar uma nova equipa dado que vários jogadores deixaram de fazer parte do plantel. Era boa altura para proporcionar experiência a alguns jogadores mais jovens do clube, integrando-os com os mais experientes e estimulando-os, os quais corresponderem com alma e coração.
Nos treinos de 23 de Abril e 28 de Abril, tive de chamar a atenção dos mais seniores e na sessão de 28 houve uma reacção desrespeitosa por parte determinado atleta, que de imediato mandei para o balneário, o que deu origem a sanções disciplinares que passo a descrever. Chamo a atenção que jamais puni um atleta por alta recreação, tendo por hábito reunir sempre o Grupo Técnico e analisar as situações, decidindo em conjunto o que fazer. Eis o que resultou deste caso:
1 – Ofício interno, timbrado, de 5 Maio 1983, endereçado a Villani Fabrizio.
«Nonostante il colloquio chiarificatore voluto dall’Allenatore Sig. Velasco, durante gli allenamenti del 23/4 (Via Boccaccio) e del 28/4 (Via Ardigo), Ella veniva meno alle vigenti norme di comportamento in atto. Pertanto Le comunichiamo che proporremo al Comitato Central:
a) – Una ammenda pari… b) – L’invito altresì a voler presentare le Sue scuse all’Allenatore Sig. Velasco, alla presenza dei Suoi compagni.
Il Gruppo Tecnico: Il Direttore Sportivo Luigi Fedeli, l’Allenatore F. Velasco e il Preparatore Atletico Walter Albertarelli.»
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2 – Ofício interno, timbrado, de 5 Maio 1983, endereçado a Citterio Roberto.
«La presente per comunicarLe che il Gruppo Tecnico, su parere della Società, há deciso di manlevarLa dall’obligo degli allenamenti, e di consequenza da tutte le gare ufficiali, amichevoli o manifestazioni di qualsiasi genere da disputarsi tanto in Italia quanto all’estero, con effetto imediato. Di tanto era nosso dovere comunicarLe, nel mentre ci è gradito l’incontro per porgere i nostri saluti.
Il Gruppo Tecnico: Luigi Fedeli.»
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Neste ínterim, sou convocado pelo Sector Técnico da Federação Italiana, para participar num Seminário reservado aos treinadores inscritos no Gruppo Allenatori, a ter lugar nos dias 6 e 7 de Maio, no Centro Técnico de Coverciano – Firenze, conforme noticiário nº 31, de 2 de Maio, da FIHP. Regressei no dia 7, para ser confrontado com anomalias que não auguravam um futuro risonho e requeriam clarificação escrita imediata.
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3 – Ofício interno, timbrado, de 10 Maio 1983, ao Comité Central da SAD.
«Com la presente portiamo a Vs/ conoscenza la realtà dei fatti circa le lettere del 5 Maggio, da noi firmate e presentate agli atleti Villani Fabrizio e Citterio Roberto. Su segnalazione e richiesta dell’Allenatore Sig. Velasco, convocammo un comitato di settore chuamando per la Società Il Rag. Giusti. In questa seduta, si portava a conoscenza della Società, il comportamento irriguardoso dell’atleta Fabrizio Villani, nei confronti dell’Allenatore, nonostante l’atleta stesso fosse già stato richiamato in precedenza.
Per quanto sopra il Gruppo Tecnico avanzava una proposta di sanzioni disciplinare e pecuniária. In base all’esposto del Gruppo Tecnico il Rag. Giusti, quale representante della Società approvava la stesura di una lettera di cui alleghiamo copia, da fare pervenire all’atleta Villani prima della seduta d’allenamento del 5 Maggio.
Terminata la ns/ esposizione sul caso concernente l’atleta Villani, il Rag. Giusti premettendo di essere investito di pieni poteri da parte della Società, informava il Gruppo Tecnico di avere prove circa l’inqualificabile comportamento di Villani, asserendo che l’atleta Citterio Roberto facesse opera di disgregazione incitando il Villani a rimostranze nei confronti dell’Allenatore.
Il Gruppo Tecnico, completamente all’oscuro di tale interferenza da parte di Roberto Citterio chiedeva chiarimenti in propósito al Rag. Giusti. Davanti alla gravità dei fatti, fummo indotti a credere al rappresentante della Società, e procedemmo quindi a formulare una lettera, unitamente al Rag. Giusti, della quale alleghiamo copia. Fu con sorpresa che constatammo a posteriori, il non allineamento della non conoscenza del problema da parte della Società, conseguentemente all’intervento del Vice Presidente Sig. Giovanni Colombo.
Per quanto riguarda Villani Fabrizio, su richiesta dello stesso Vice Presidente a nome della Società, il Gruppo Tecnico soprassiede all’ammenda pecuniária proposta, ma intende, per motivi vantaggiosi alla Società e al prestigio dell’autorità disciplinare conferita all’Allenatore, far rispettare alla lettera il secondo punto della comunicazione. Per quanto riguarda Citterio Roberto riteniamo che sia la stessa Società, in base alle prove in suo possesso, a procedere o meno nei confronti dell’atleta in questione.
Pensiamo sia opportuno chiarire i fatti sopra descritti, onde evitare per il futuro, la mancanza di sincronismo e coordinamento nella ns/ Società, affinchè problemi di chiara entità non diventino occasione di agretolamento dei cardini, suicui si poggia la Società stessa.
Il Gruppo Tecnico: Il Direttore Sportivo Luigi Fedeli, l’Allenatore F. Velasco e il Preparatore Atletico Walter Albertarelli.»
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4 – Minha carta fazendo o historial dos acontecimentos.
Biassono, 21 Maggio 1983
Spett.
Dott. Claudio Vergani
«Sono stato invitato per essere il técnico responsabile della formazzione, preparazione e conduzione delle squadre dell’H.C.Monza Pompe Vergani e pertanto sono venuto dal Portogallo, com famiglia e bagagli coscente di tutto cio che da me si aspettava in relazione al grande progetto di cui Lei è il principal propulsore. Tal progetto e la enorme responsabilità che grava sulle mie spalle accompagnano sempre le mie azioni.
Sino ad oggi le indicazioni che ho tratto, mi rendono orgoglioso del mio lavoro, in quanto dimonstrano l’esistenza di una generale soddisfazione:
1. Ottenimento dei minimi obbiettivi stabiliti dalla Società per la stagione in corso…
2. Reazione di altri colleghi (allenatori) e collaboratori diretti che sembrano positivi.
3. Reazione della stampa locale e avversaria che ad un certo punto lasciano trasparire preoccupazione per le modifiche operate nella nostra quadra.
4. Reazione della squadra in generale, che nonostante i vari disturbi, há dimostrato un salto qualitativo…
Tutto cio si è verificato nonostante i condizionamenti che tutti noi conosciamo:
– Età media della squadra abbastanza elevata.
– Impossibilità di effettuare il mínimo indispensabile degli allenamenti a ranghi completi.
– Introduzione di un nuovo tipo di lavoro, disciplina e di relazioni in generale.
– Ristrutturazione della Società com modalità differenti.
Le funzioni di un Allenatore, si è mediamente esperto e conoscitore, sono complesse e difficili, perchè gli si presentano problemi di ogni ordine ed origene:
1. Há a disposizione un quadro di atleti profissionisti.
– Essi possono impegnarsi o non impegnarsi, possono allenarsi o non possono allenarsi, sono più disciplinati o meno disciplinati, possono reagire bene alle istruzioni o meno, etc, etc.
– Essi necessitano di un lavoro intenso, di una disciplina ferma, poichè gli stimoli già esistono sotto la forma di un stipendio.
2. Há a disposizione un quadro de atleti dilettanti.
– Indipendentemente da ogni cosa desiderano il loro posto al”sole”.
– Essi hanno bisogno di stimoli e disciplina diverse, accompagnate da un programa di attività adeguate al loro “status”.
3. Há a disposizione un quadro di atleti giovani, esordienti e giovanissimi.
– Essi automaticamente si impegnano data la natura própria dell’età che chiede la pratica di un esercizio físico-sportivo che tutti noi conosciamo essere un esigenza típica dell’età evolutiva.
– Essi necessitano di un lavoro su presupposti completamente differenti, di una disciplina paternalistica che si accosti agli anni della gioventù.
– Essi hanno bisogno dell’esempio che i più “anziani” del Club possono darei in quanto è l’único modelloo visibile che possono imitare.
4. Há a disposizione un gruppo di collaboratori diretti che necessitano di un mínimo di organizzazione e coerenza, responsabilità individuale e collettiva, che un Allenatore di esperienza puo catalizzare.
5. Há davanti a sè la Socità ed il progetto da essa emanato per cui l’allenatore potrá contribuire solamente se riceve apppoggio, stimolo e soprattuto fiducia. Tutto cio obbliga l’allenatore ad un comportamento che sia basato:
– sulla sua esperienza, competenza e conoscenza.
– sulla sua onestà e imparzialità
– sulla sua fermezza ed autorità disciplinare.
L’Allenatore costituisce l’elemento nella posizione meglio adatta per valutare tutti i dati e i fattori dei problemi che Egli trova e le cui soluzioni gli permetteranno di selezionare, preparare, formare e disciplinare le squadre affidate alla sua conduzione.
– L’allenatore trascorre molte ore, sia in allenamento che in partite ad osservare I suoi atleti attentamente.
– L’allenatore acquista una conoscenza dettagliata della personalità e delle particolarità degli atleti, dei loro temperamenti e delle loro reazioni, dei loro aspetti negativi e positivi.
– L’allenatore è l’único abilitato a stabilire una línea generale di attuazione e disciplina che uniformerà il comportamento di tutti con la flessibilità necessária per il caso specifico. Terrà sempre in considerazione gli aspetti umani del singolo senza danneggiare gli aspetti umani di tutti gli altri.
– L’allenatore sopratutto è colui che per mezzo della sua esperienza e conoscenza potrà formare le squadre che megliono difendono gli interessi della Società.
Il piano di lavoro dell’allenatore e le sua autorità tecniche e disciplinari non devono essere intaccate o distrutte, se non si vuole provocare conseguenze negative. Se l’allenatore non è competente, interessato, lavoratore o se non rientra negli interessi della Società, alla Società stessa spetta il compito di allontanarlo prendendo una decisione.
1. Si sono due metodi per fare quanto sopra:
– Direttamente, per iscritto, specificando le ragione e i metodi di rescissione di un contratto.
– Indirettamente, disgregando prima la sua autorità sia disciplinare che técnica, non garantendogli i mezzi per poter operar, portandolo a prendere decisioni che in línea di massima non desidera.
– Il método più elegante è il primo.
Nel mio caso particolare, come Allenatore, se la Società non vuole la mia destruzione e conseguente allontanamento, risulta che qualcuno all’interno della Società si trova in conflitto con gli interessi della stessa.
Qui entra in causa l’attuazione incompreensibile e paradossale del suo Vice-presidente, Sig. Giovani Colombo che specificherò come segue:
1. Ignora in assoluto o non da valore alle esigenze che ho sempre avanzato nei confronti degli atleti e accompagnatori circa il comportamento tranquillo che si deve mantenere negli spogliatoi e specialmente sulla panchina dei giocatori.
– Sulla panchina il Sig. Colombo non contribuisce a creare il clima di serenità necessária, eccitandosi e insultando gli atleti avversari e discutendo con il publico. Perde il controllo di sè coinvolgendosi in discussioni sterili con gli oppositori, gli arbitri ed i tifosi.
Noi sappiamo che tutte le situazioni anomale risultanti dall’operato degli arbitri e il comportamento insólito da parte dei dirigenti e giocatori avversari, verificati sul campo di gioco, possono e devono essere contestati legalmente in accordo al Regolamento vigente. – Quanto sopra dovrà essere sempre fatto dal Capitano della squadra, sentito il parere dell’Allenatore e da accompagnatori qualificati. – Qualsiasi altro método non funziona mai.
2. Se da un lato, io, come Allenatore, opero con tutte le miei capacità per preparare, stimolare e moralizzare la nostra squadra, il Sig. Colombo si manifesta distruggendo questo mio lavoro.
– Qualche giorno prima di una partita importante quale il 1º dei “play-off”, concesse una intervista demoralizzante al giornale “Il Cittadino”, denunciando una mancanza di tatto che si è riflessa inevitabilmente sui giocatori.
Articolo: – «Se no si buttavano alle ortiche punti a ripetizione in transferta – dice il vice- presidente Colombo – adesso avremmo qualche ragionevole speranza di passare al turno sucessivo dei “play-off”. Invece si tocca próprio il Vercelli: ci consoleremo con l’incasso, almeno…»
Tale dichiariazone risultava inopportuna in quanto, considerando il prospetto seguente la squadra risultava 5º nel punteggio, 3º nel “goal-average” e 4º nel coefficente forza.
– Prima della seconda partita del “Play-off”, fa eliminare dal programa del Grupo Tecnico il pasto che abitualmente há preceduto tutti gli altri incontri che servivano anche alla concentrazione e all’amalgama della squadra. Tutto cio há avuto un’influenza negativa sui giocatori da me registrata quando, come alternativa, ci siamo ritrovati al bar del sig. Monti, senza accompagnatori, senza dirigenti, senza nessuno.
Confuso e frustrato, al termine della seconda partita dei “Play-off”, ho chiesto al sig. Colombo un “meeting” con la Società. Come risposta lui há detto che la Società era lui e il Sig. Claudio Vergani e proceduto invitando il Sig.Vergani ad un confronto immediato in uno spoglatoio pieno di confusione in cui ho cercato di sapere nel migliore dei modi quanto segue:
– Come potevo io ottenere la serenità sulla panchina dei giocatori? – Come potevo io evitare questo tipo di disgragazione in mérito a quanto sopra? – Rimanevano immutati gli obiettivi della Società per il resto della stagione? – Dovevamo continuare con la stessa determinazione?
Ella, Sig. Presidente, mi ha dato come risposta che lo stesso ritmo di lavoro doveva essere mantenuto. In accordo alla sua risposta ho pianificato ed ho cercato di attuare un piano di allenamenti per affrontare il Torneo Weil e la Coppe Italia quali prossimi appuntamenti agonistici.
1. Allenamenti programmati per il martedi, giovedi e sabato, com la presenza di tutti gli atleti ai due ultimi giorni della settimana.
– Sono stato informato, tramite il Director Sportivo, sig. Fedeli, che gli atleti Pardini e Valenti erano dispensati dall’allenamento del martedi e giovedi e che avrei potuto contare sulla loro presenza solo il sabato.
– Sono anche stato informato, a posteriori, che i suddetti atleti avrebbero saltato un sabato di allenamento in quanto presenti ad un Corso Allenatori a Coverciano.
– Di conseguenza gli atleti menzionati hanno fatto registrare solo due presenza in un mese di allenamenti.
Ho continuato tuttavia a lavorare con i giocatori presenti cercando di dare un assetto alla squadra con un ochio particolare al futuro e specialmente al Torneo Weil caratterizzato de molte partite in pochi giorni. Per cui si rendeva necessário un programma detagliato e un intervento con critério da parte mia che permettesse un riposo adeguato ed una massimalizzazione del rendimento técnico-atletico dei giocatori.
Durante questo período delicato, si inserisce il problema disciplinare dell’atleta Villani in relazione al quale il Gruppo Tecnico, aveva già ottenuto l’approvazione della Società nella persona del sig. Giusti; il sig. Colombo si manifesta di nuovo tagliando e facendosi vedere tagliare, la mia autorità disciplinare.
– Alla presenza degli atleti Citterio Gianenrico e Citterio Roberto chiede spiegazioni al Gruppo Tecnico di tutta una questione in precedenza discussa presso la Sede Sociale dallo stesso Gruppo Tecnico, dando l’apparenza di non conoscere le gravi ragioni che il sig. Giusti a suo tempo aveva presentato quali motivi di provvedimenti disciplinare a carico dell’atleta Roberto Citterio, in quanto quest ultimo influenzava e incitava l’atleta Villani all’indisciplina.»
(Nota. O conhecimento prévio deste assunto, por parte do senhor Colombo, fica provado pelos ofícios internos 1 a 3 acima transcritos o que torna inexplicável o pedido de explicações feito pelo mesmo.)
A questo punto, su richiesta del Diretor Sportivo, ho emanato una lista dei giocatori che dovevano partecipare al Torneo in Germania che è stata affissa in bacheca il giorno martedi 17.5.83. Con mia sorpresa il Diretor Sportivo, il giorno seguente, mi communicava che la lista degli convocati era stata cambiata. A fronte di ciò ho chiesto al Diretor Sportivo che informasse la Società del mio disaccordo e che avrei desiderato discutere circa tal cambiamento. Il Diretor Sportivo mi há referito di attendere disposioni telefoniche da parte della Società alla quale io ho obbedito trattenendomi per tutto il giorno 18.5.83 presso la mia abitazzione.
Non ho ricevuto communicazione alcuna durante questa giornata. Geovedi 19.5.83, non avendo ricevuto nessuna communicazione, ho telefonato a Lei, Sig. Presidente, esponendo il mio punto di vista. La sua risposta finale fu quella di fare che io chiamassi il sig. Colombo e qualsiasi decisione da lui presa avrebbe il sua avallo.
Durante il “meeting” con il sig. Colombo, costui, apportando ragioni di interesse della Società, senza specificarne la natura, ma che Lei, como me, sappiamo essere solamente una ragione umana (caso atleta Valenti), há imposto la sua formazione dicendo che due atleti da me convocati erano esclusi e il non convocato (Valenti) era incluso. Non ostante le ragioni da me evocate, di carattere esclusivamente técnico, il sig. Colombo si è mantenuto inamovibile sulle le sue posizioni.
Il sig. Colombo, come già aveva dichiarato tempo addietro, è la Società, ma in questo modo la danneggia poichè:
– Dimostra un rapporto di favoritismo speciale per due atleti che non si sono allenati per tutto ultimo mese e che non compaiono nel’organico della formazione per il prossimo anno.
– Non dimostra interesse per le conseguenze che toccano gli altri che remarrano nell’H.C.Monza, il próprio Allenatore, il Gruppo Tecnico, i giocatori impegnati ed i giovani inseriti nel nostro quadro di atleti.
– Distrugge un lavoro di critério per il “Torneo Weil” e per la Coppe Italia.
– Cerca di distruggere l’autorità técnica dell’Allenatore ed il suo prestigio, imponendo una formazione che costui non há allenato e che non puo, di conseguenza, condurre se non in un modo avventuroso.
– Ribadisce che in futuro agirà così sempre senza neanche dovere motivar le ragioni.
Il sig. Colombo há detto che egli è la Società e ovviamente dovrà difendere i suoi interessi, ma in tal modo ritengo che egli possa danneggiare la Società stessa.
In 22 anni che alleno squadre di Hockey di tutti i tipi quali Clubs, selezioni regionali e nazionali, a livello Portoghese a anche Internazionale posso dire di avere vissuto situazioni complicate che sono andate ad arrichire la mia esperienza. In cosi lungo lasso di tempo non ho mai accettato di condurre squadre e giocatori che non si allenano e tanto meno ho mai accettato formazioni impostateni da altri e per qualsiasi ragione. Anche come Allenatore, professionista e serio, nessuno há mai cercato di togliermi il terreno da sotto il piedi in tal modo. Io credo che ciò non sia mai avvenuto per il respetto dovuto alla mia persona e perchè tutto quanto poteva costituire un “casus belli”. C’è un limite alla dignità di ogni individuo.
In conseguenza a quanto sopra, Sig. Presidente, essendo nata una situazione che distabilizza le condizioni che permettono ad un Allenatore di operare con tranquilità ed efficienza e che non promette nulla di buono per il futuro di un progetto interessante e costoso a cui Ella sta dando forma laboriosamente e gradualmente, chiedo rispettosamente come procedere a difesa di una coerenza umana e professionale.
Francisco Velasco – Allenatore dell’Hockey Club Monza»
…
Passemos agora às “agendas pessoais” referidas mais acima:
Os dados da história são simples e conta-se em jeito de guião.
1. Um vice-presidente em busca de uma plateia para se afirmar na comunidade
2. Um pai extremoso que queria ver os filhos na Selecção Nacional, mesmo havendo outros de mais valor.
3. Um seleccionador/treinador sem equipa.
4. Uma oferta de lugar como moeda de troca.
5. Um conflito, tipo Estreito de Ormuz, para desencadear a guerra.
Como a certa altura, foi-me mostrada a minuta de um novo organigrama elaborado pela SAD, ao reparar que no rectângulo Sector do Grupo Técnico, apareciam (… …), seis pontinhos, inquiri sobre o significado dessa incógnita colocada por cima do Treinador e do seu Director Desportivo. Tive de insistir com este e foi com grande relutância e constrangido que me revelou que se tratava de um técnico de renome. Claro que para mim, essa hipótese era inaceitável e apesar de achar esse desenvolvimento bastante estranho, foi com um sorriso que lhe disse que, numa área técnica tão fulcral e sensível, “dois treinadores eram uma multidão”. Recordando experiências passadas, fui categórico ao solicitar-lhe que divulgasse a minha posição: – “Se entra um, sai o outro!”. Em retrospectiva, esta reacção pode parecer um tanto impulsiva ou drástica, mas não tenho dúvidas que na altura intuí que nada de bom resultaria de um reinado bicéfalo, cujos proponentes, animados pelos seus interesses pessoais, começavam a sair da sombra. Ora, como não estava para aturar situações nebulosas, interiorizei imediatamente que era o fim da picada e foi serenamente que avisei a minha família.
Resultado, o vice-presidente ficou no palco sozinho, o tal dos pontinhos arranjou equipa, os filhotes foram convocados no ano seguinte para o Campeonato do Mundo, realizado em Novara. Um ficou no banco e o outro, que foi indigitado para jogar, após uns minutos na pista, deixou-se apossar por tal tremedeira que desatou a gritar cheio de pânico, pedindo que o tirassem dali para fora, no que foi imediatamente atendido.
Esta cena, não me foi contada. Eu estava presente, vi e ouvi, e não é por despeito que me refiro a este episódio patético. Mas se as penas dos cronistas ou dos candidatos a tal, exaltam o golo do Marzella, do Aguero ou do Martinazzo, porque não registar a gritaria dos filhotes deste mundo?
…
Esta minha estadia em Itália, foi uma experiência riquíssima em todos os aspectos da minha carreira de Treinador. Culminou com várias conquistas, a ver:
1 – Ter sido licenciado como Treinador, na categoria máxima, em Instituição oficial de renome e recebido um galardão de que me orgulho.
2 – Ter feito parte do Sector Técnico da Federação Italiana de Hóquei em Patins, sempre que convocado.
3 – Ter atingido os objectivos pré-estabelecidos para a equipa a meu cargo.
4 – Ter iniciado a Disciplina de Patinagem numa escola de Biassono, cujo Festival de fim de época, surpreendeu pais e familiares, professores e dirigentes do Monza.
5 – Ter levado a cabo, pela primeira vez, estatísticas compreensíveis das incidências de jogo, em todas as jornadas de um campeonato nacional de hóquei em patins.
6 – Ter participado no Simpósio de Roma, como Treinador indicado pela Federação Portuguesa de Patinagem, fazendo o papel de “advogado do diabo”, perante tantas propostas absurdas e desligadas da realidade.
7 – Ter regressado a Portugal com a espinha erecta, sem amarguras.
8 – Ter recebido elogios inesperados e comoventes daqueles que mais próximos de mim actuaram, os quais, tenho a certeza que me desculparão por citá-los. A ambos: “In bocca al lupo e in culo alla balena!”
– Do Director Desportivo: «…Ho già contattato… e, pur avendo un dialogo allineato, mi manca la confidenza che avevo con te. È evidente che tu mi hai donato molto, sia come umanità che come ottica hockeystica: ne faro buon uso!»
– Do Preparador Físico: «Quando tu sei partito ti avevo promesso di dedicarti una medaglia ai Campeonati Europei Giovanili di Atletica Leggera – Ebenne, la picola Marta che tu avevi conosciuto a casa tua a Biassono, di medaglie ne há conquistato due… Quest’anno a Ipswich (GB) abbiamo fatto il bis. Tutte le volte che un mio atleta conquista una medaglia io penso a te. Ti devo molto perchè tu sei stato un mio maestro nello sport e nella vita con il tuo modo di comportarti. C’è gente in Italia che spechia per sue delle teorie hockeyistiche che io so che sono tue… vero sig. ?!? Io invece posso dire di aver imparato da Chico a comportarmi da vero sportsman e non nascondo.»
9 – Ter recebido, nove meses após ter deixado o H.C. Monza, um convite do seu Presidente para voltar a ocupar o lugar de Treinador! E esta, ein?
«Monza 27 Aprile 1984 (Em prosseguimento de contactos anteriores)
Caro Cico,
Rispondo alla tua lettera del cui contenuto ho preso buona nota, ed ho interessato il Presidente Dott. Claudio Vergani, in mérito alla tua richiesta.
Il tuo ritorno tra di noi è da tutti condiviso ed in questa prospettiva ti sottopongo le condizioni, che il Presidente mi há incaricato di transferirti, e che spero siano di tuo gradimento.
… … …
Questo è tutto. Spero próprio che ti vada bene. Io dico si, Arrivederci. Dodo»
(Carta assinada por Luigi Fedeli)