Antes de partir para a Itália, convidado para treinador do Hockey Club Monza, não posso deixar de lembrar um dos Mundiais mais fascinantes realizados até então em Portugal que envolveu, pela primeira vez, 22 nações de todos os continentes. Com uma organização deveras pesada mas impecavelmente planeada, inclusivamente em termos económicos, os diversos órgãos e membros da nossa Federação empenharam-se, como sempre, graciosa e denodadamente. Apesar das tensões verificadas nos bastidores, entre a sua cúpula e os Técnicos responsáveis, personalidades de carácter forte e determinado, não há dúvidas que o sucesso foi total.
Não farei uma descrição exaustiva do que foi esta prova, em que recuperámos com toda a justiça, o título de Campeões do Mundo. Apesar de ter passado despercebido na altura, é de se realçar o papel importantíssimo desempenhado pelo Professor Monge da Silva, a meu ver o grande responsável pela preparação do plantel, bem como pela recuperação dos atletas chave desta Selecção. Pelo que observei um ano antes, nos I Jogos Mundiais, em Santa Clara, nos Estados Unidos, se não fora a competente metodologia de treino deste especialista, a quem rendo a minha homenagem, custa-me a crer que vencêssemos o XXV Campeonato do Mundo, que tão decisivo foi para reconquistarmos um título de que andávamos arredados desde 1974.
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Posto isto, importante será registar para memória futura, as personalidades que se empenharam para o sucesso deste Mundial:
António Vaz Rodrigues da Silva – Fernando Nunes Pereira – António Augusto Silva Costa – Estêvão Serrado Silva – Hélder Casimiro – João Jesus Cirne – Victor Manique.
Comissão Executiva de Barcelos
Álvaro Vaz – Ana Maria Teixeira – António A. M. Carvalho – Custódio Coutada – Jorge Coutinho – Jorge Miranda – Licínio Santos – Rodrigo Amaral.
Comissão Executiva de Lisboa
Agostinho Vieira – Albano Silva – Amadeu Silva – António Florêncio – José Costa – José Serra – José Trindade – Luís Madeira da Silva – Manuel da Costa – Manuel Duarte – Manuel Ferreira Gomes – Manuel Henriques – Manuel Santos – Orlando Dias Agudo – Rui Xavier Santa Bárbara.
GRUPO DE TRABALHO
Dirigentes: – Albano Silva – Victor Martins
Médicos: – Dr. Alberto Maia Ferreira – Dr. João Paulo de Almeida
Seleccionador: – Engº Júlio Rendeiro
Treinador: – António Livramento
Treinador Adjunto: – Victor Ferreira
Metodologia de treino: – Prof. Monge da Silva
Preparador físico: – Prof. Monge da Silva
Massagista: – Lúcio Moreira
Mecânico/ecónomo: – Filipe Hortado
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OS 10 JOGADORES DA SELECÇÃO NACIONAL
António José da Luz Ramalhete (GR) – Franklim José Ribeiro Pais (GR) – Cristiano Joaquim Marques Pereira – Victor Manuel Carvalho “Chana” – Fernando Carlos Sousa Pereira – João Augusto Reis Sobrinho – Victor Manuel Vicente Rosado – José Carlos Dias Gomes – José Virgílio Pereira Domingos – José Leonildo dos Santos Leste
Os pré-seleccionados da Selecção Nacional
Pedro Álvaro Pereira Trindade – Domingos Jorge Guimarães (GR) – António Joaquim Ramos Fernandes – Victor Hugo Carvalho Silva – Victor Bruno Neves Fonseca – Joaquim Dias Leite Silva “Quim” – José António Pereira Garrido
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ÁRBITROS
Os 3 Portugueses
Pereira da Silva – Manuel Soares – Mário Nobre
Os 10 Estrangeiros
Paulo Alberto (Brasil) – Teodoro Aliaga (Chile) – José Alos (Espanha) – Francisco Brulhart (Suiça) – Bernardos de Vet (Holanda) – Miguel Angel Castro (Argentina) – Neville Barry Adamas (Inglaterra) – Siegward Frigge (Alemanha Federal) – Dennis Edwin Huckaby (Estados Unidos) – Lorenzo Zin (Itália)
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CLASSIFICAÇÃO FINAL – Grupo “A”
1º PORTUGAL – Guarda redes: Ramalhete e Franklim – Defesas e médios: José Carlos, Fernando Pereira, Sobrinho e Victor Rosado – Avançados: Cristiano, Leste, “Chana” e José Virgílio.
2º ESPANHA – Guarda redes: Carlos Trullols, Ismael Mori e José Luis Huelves – Defesas e médios: Jorge Vila Puig, José Torner, Francisco Alabart e Pera Ventura – Avançados: Sergio Centell, Joaquin Pauls e Ricardo Torres.
3º ARGENTINA – Guarda redes: Da Pra e Jorge Alberto Hidalgo – Defesas e médios: Maldonado, Rubio, Coria e Luz – Avançados: Aguero, Daniel Martinazzo, José Martinazzo, Osman e Trivisonne.
4º CHILE – Guarda redes: Antonio Espinoza e Rámon Méndez – Defesas e médios: Arturo Salvatierra, Eduardo Tapia, Rubén Lemi e Oscar Ahumada – Avançados: Osvaldo Rodrigues, Eduardo Cleveland, Francisco Miranda e Mauricio Dinnigin.
5º ITALIA – Guarda redes: Claudio Anedda e Livio Parasucco – Defesas e médios: Alessandro Barsi, Tommaso Colamaria e Angelo Beltempo – Avançados: Francesco Frasca, Pietro Turturro, Franco Girardelli, Paolo Maggi e Giuseppe Marzella.
6º ESTADOS UNIDOS – Guarda redes: David Sissom e Mike Pouds – Defesas e médios: Mike Davis, Dick Sissom, Dickie Chado e Bobby Hemphill – Avançados: Johnny Raglin, Brad Berger, Bryan Berger and Gene Fergusson.
7º ALEMANHA – Guarda redes: Hans Meier e Klaus Rupsch – Defesas e médios: Strugala, Ralf Giesen e Stefan Kuhn – Avançados: Gerhard Reitz, Robert Gots e Gerd Trautman.
8º SUIÇA – Guarda redes: Jean Batiste Piemonte e Ueli Tellenbach – Defesas e médios: Michel Briol, James Cordonier e Daniel Licheti – Avançados: Jean Luc Christien, Daniel Liechti, Jean Marie Monnay, D. Maillarde, Edi Sharen e Hans Wengs.
9º HOLANDA – Guarda redes: P. Van Den Dungen e John Harkamp – Defesas e médios: Thy Van Gemert, Mhon Gruseels, Willie Van Gemert e Sien Boele – Avançados: Theo Habraken, Peter Van Gemert, Hans Deorakkers e Tonnie Meiek.
10º BRASIL – Guarda redes: Mario Guedes e Ronaldo Filho – Defesas e médios: Silvio Angerami, Mauricio Barbosa e J. Ricardo Frei – Avançados: Haraldo Requena, Lepoldo Sobrinho, Vitor Nogueira, Moacyr Filho e Frederico Perman.
11º ANGOLA – Guarda redes: António Santos e Evaristo Neto – Defesas e médios: Cândido Teles, Francisco Fragata, Humberto Domingos e José Araujo – Avançados: Alcindo Santana, Damásio Jr., Armando Viegas e Luis Julião.
12º COLOMBIA – Guarda redes: Alvaro Leniv e Jaime Salazar – Defesas e médios: Alejandro Rodriguez, Gildardo Pelaez e Julio Henao – Avançados: Alejandro Delgado, Fernando Delgado Gustavo Salazar e Fernando Real.
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CLASSIFICAÇÃO FINAL – Grupo “B”
1º FRANÇA – Guarda redes: J. P. Chiffoleau e L. Huvelin – Defesas e médios: Billard, Castaing, Ducortioux e Trenit – Avançados: Marquis, Welch, Parein e Chargureau.
2º INGLATERRA – Guarda redes: Peter Haynes e Robert Houguan – Defesas e médios: Henry Watkins, Clive Loveridge e Stuart Doherty – Avançados: Clive Baker, Geoff Staggs, Rob Duchesne, Richard Chambers e Chris Fassean.
3º AUSTRALIA – Guarda redes: Robert Carter e Craig Mayberry – Defesas e médios: Michael Keltie, Peterr Luppi e Shane Simpson – Avançados: Stuart Mellon, Rassati, Shah, Siggs e Galtos.
4º NOVA ZELÂNDIA – Guarda redes: Charles Lovich e John Chanon – Defesas e médios: Chris Crozier, Don Mackie e Brent Mudford – Avançados: Paul Curd, Theo Martin, Vence Crozier e Mertin Mudford.
5º MEXICO – Guarda redes: Guillermo Colin e Joel Carlos Castillo – Defesas e médios: Oscar León, Antonio Moreno, Javier Méndez e Carlos Colin – Avançados: Rafael Méndez, Alejandro Sánchez, Sergio León e Carlos Javier Martinez.
6º JAPÃO – Guarda redes: Atsuo Otsuka e Atsushi Sasaki – Defesas e médios: Yoshitak Mori, Takashi Tsubokura e Hiromichi Ono – Avançados: Shozo Tsunopa, Toshimiro Takahashi e Kazuhito Tschiya.
7º CANADA – Guarda redes: Guy Turik e Dean Buckland – Defesas e médios: Grant Turik, Brian Shiosaki e Bruce Strangghan – Avançados: Danny Carter e Dana Stregger.
8º VENEZUELA – Guarda redes: Antonio Branco e Giovanni Aragen – Defesas e médios: A. Moncalianao, Carlos García Alberto Ramírez e Miguel Blanco – Avançados: Alfredo Pacheco, Enrique Pérez Francisco Ruiz e Oscar Capuzano.
9º IRLANDA – Guarda redes: D. Murphy e M. Keogh – Defesas e médios: P. M. Govern, G. Hynes, G. Byrne e J. Watt – Avançados: B. Zagan, P. Hanna, M. O’Brien e D. O’Brien.
10º GUATEMALA – Guarda redes: Luis Coronado e Alejandro Asturias – Defesas e médios: José Ramazzini, Federico Koose e Alberto Arenas – Avançados: Ivan Ribera, Roberto Asturias, Mario Estrada, Carlos Díaz e Eduardo Estrada.
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MOÇAMBIQUE – Desistiu do Campeonato, divulgando um comunicado em que relembra que «a Assembleia Geral da ONU adoptou uma declaração, condenando o “apartheid” no Desporto, a qual tem sido sistematicamente violada pela Nova Zelândia, tendo o último acontecimento sido de Julho a Setembro de 1981, com a digressão da equipa sul-africana “Springboks” por aquele país.»
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GABINETE DE IMPRENSA
Sob a direcção de Manuel da Costa e de Orlando Dias Agudo, deu um verdadeiro “show” de eficiência muito elogiado pelos jornalistas que cobriram esta grandiosa prova e, finalmente, como era de tradição, reuniram-se 38 deles, de vários países, para elegerem os melhores protagonistas deste Mundial:
SELECÇÃO IDEAL – votos contados.
Carlos Trullols, g.r. – (Espanha) 26 – Jorge Vila Puig (Espanha) 30 – José E. Torner (Espanha) 18 – Cristiano Pereira (Portugal) 21 – José Leste (Portugal) 13 votos.
MELHOR ÁRBITRO
José Alos (Espanha) e Mário Nobre (Portugal) 10 – Lorenzo Zin (Italia) 8 – Siegward Frigge (Alemanha) 3 – Manuel Soares (Portugal) e Pereira da Silva (Portugal) 2 votos.
MELHOR JOGADOR
José E. Torner (Espanha) 10 – Carlos Trullols (Espanha) e Cristiano Pereira (Portugal) 9 – José Leste (Portugal) 4 – Jorge Vila Puig (Espanha) 3 – Rubio (Argentina) 2 – Giuseppe Marzella, Alessandro Barsi, Franco Girardelli (Italia) e “Chana” e Fernando Pereira (Portugal) 1 voto.
JOGADOR REVELAÇÃO
Peter Van Gemert (Holanda) 11 – Jorge Alberto Hidalgo (Argentina) 10 – Robert Gotz (Alemanha) 4 – Fernando Delgado (Colombia) e Damásio Jr. (Angola) 3 – Paolo Maggi (Italia) e Vitor Santos (Brasil) 2 – Arturo Salvatierra, Eduardo Cleveland e Osvaldo Rodrigues (Chile), Giuseppe Marzella (Italia) e Jean Marie Monney (Suiça) 1 voto.
JOGADOR MAIS CORRECTO
Carlos Trullols (Espanha) 6 – Cândido Teles (Angola) 5 – António Ramalhete (Portugal) e Daniel Martinazzo (Argentina) 4 – José E. Torner (Espanha) 3 – Franco Girardelli (Italia), Luis Coronado (Guatemala), Coria (Argentina), Aguero (Argentina), Francisco Fragata (Angola), “Chana” (Portugal) e Silvio Angerami (Brasil) 2 votos.
MELHORES MARCADORES – golos registados
Sergio Centell ( Espanha) 29 – Giuseppe Marzella (Italia) 23 – Victor Santos (Brasil) 16 – José Leste (Portugal) 15 – “Chana” (Portugal) 14 – Arturo Salvatierra (Chile) 13 – Osvaldo Rodríguez (Chile) 11 – José Virgílio (Portugal) 10 – Joaquín Pauls (Espanha) 10 golos.
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Uma vez desligado da selecção angolana e instalado no Hotel Ofir com a minha esposa Vivienne e o meu filho Cláudio, a meias paredes com o casal Castel-Branco e filho, fui observando como o nosso Presidente da Federação se atarefava em contactos com as várias entidades do universo do Hóquei em Patins, sempre de olho nos responsáveis pela Selecção, que andaram nitidamente a fintá-lo. Mas isso não passou de um mero copo de água fria que só não ferveu porque tudo acabou em bem.
Por meu lado, aproveitava todos os momentos em que as esposas e os filhos de ambos se apartavam para uma mesa das esplanadas e esgueirava-me para conviver com os dirigentes e atletas de outros países. Foram horas interessantes, cheias de novidades, que me permitiram reforçar a visão que mantinha há largos anos do que se passava pelos quatro cantos do mundo e que já nessa altura não abonava muito o futuro da modalidade.
O Campeonato do Mundo surpreendeu-me pela sua grandiosidade, pelo nível de organização e pelo apoio entusiástico tão característico das gentes do Norte que muito contribuiu para estimular a nossa Selecção, na sua saga pela conquista do título, e ao que ela correspondeu com uma brilhante exibição na final contra a Espanha, nossos eternos rivais.
Diga-se de passagem que os nossos “hermanos” aparentaram ser a melhor equipa do Campeonato, com uma formação poderosa que, tal como a nossa, padeceu de alguns altos e baixos. Espantoso foi o abandalhamento da Itália que cerca de um mês antes tinha ganho o Torneio de Montreux, bem como o incompreensível e frouxo rendimento da Argentina. A grande sensação foi causada pelo Chile que deu cartas a todos quantos enfrentou, posicionando-se num honroso 4º lugar.
A queda da Itália para a 5ª posição, foi de facto o que mereciam. Irreverentes, passaram os momentos de ócio no Hotel a atirar, dos andares mais elevados, sacos de plástico com água, para cima dos atletas que se descansavam na esplanada do rés de chão. Isto levou a um incidente, que se resume em poucos palavras: «Numa certa noite, os italianos lançaram os sacos sobre um jogador holandês que imediatamente encheu um e subiu preparado para se desforrar. O drama foi que calculou mal o apartamento onde esperava encontrar italianos, batendo na porta errada. Quando esta foi aberta, lançou de imediato a água, encharcando para azar dele, a esposa de José Castel-Branco, o que foi testemunhado por minha mulher.»
Claro que este episódio deu brado mas acabou por ser sanado pelo holandês trapalhão o qual, no dia seguinte, oferecendo um ramo de flores à senhora, apresentou pessoalmente as suas desculpas. E tudo ficou-se pelo humor da situação que o casal Castel-Branco encaixou com bastante desportivismo.
Finalmente, não posso deixar de referir que das conversas travadas no hotel com o dirigente Bruno Citterio, do Hockey Clube Monza – Pompe Vergani, resultou um convite para ir preparar esta equipa para a temporada que se avizinhava.
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O meu pai levou-me a ver um jogo nesta altura. Eu tinha 8 anos, e vimos um Portugal-Itália, que penso que ganhámos 6-1. Mas foi em Lisboa…teria sido alguma fase de qualidicação para este mundial, ou estarei a fazer confusão?
Caro Filipe Oliveira
De facto, Portugal bateu a Itália por 6-1. Esse jogo foi realizado no Pavilhão de Desportos de Lisboa (hoje Carlos Lopes) e correspondeu à primeira fase do Campeonato, que determinou os grupos A e B. Posteriormente, a prova foi levada para Barcelos.
Estimado Francisco Velasco,
fico-lhe extremamente agradecido pela sua pronta resposta.
Foi a esse jogo mesmo que o meu pai me levou, no Pavilhão de Desportos, ali junto ao Parque Eduardo VII. Recordo esse dia com muito carinho e fico feliz pela sua confirmação de que conservo desse evento uma memória intacta.
Escusado será dizer que a criança que eu era, nesse ano de 1982, seguiu religiosamente todo este Mundial pela televisão.
Um bem-haja e os meus parabéns por este magnífico site.
Filipe Oliveira
Caro Filipe
Foi um Mundial interessante que assisti ao vivo, depois de me afastar da Selecção de Angola. Tem piada que esse Campeonato também ficou marcado na memória do meu filho que tinha na altura 10 anos, uma idade em que este tipo de espectáculo era para ele uma novidade pois chegáramos de África um ano antes. Foi também uma prova em que a nossa Selecção, na final, acabou por fazer uma exibição plena, com especial relevo para o “Chana”.
Agradeço os parabéns, procuro com este site reavivar recordações que de outro modo se perderiam com o tempo.
Tudo do melhor para si. Velasco
Gostaria de comentar esta notícia , pois em Barcelos quem teve a Organização deste Campeonato foi a Comissão Executiva de Barcelos, uma vez que o Campeonato foi comprado à Federação pela Camara Municipal de Barcelos. Foi um êxito de facto e podemos ter a honra de ter sido o maior e melhor CampeonatoMundial na História da Federação Portuguesa. A comissão era composta por: Antonio Augusto Costa ( Presidente) , Ana Maria Teixeira, Álvaro Vaz, Custódio Coutada , Jorge Coutinho, Licinio Santos, Jorge Miranda, Rodrigo Amaral e Antônio Carvalho. Fizemos umaOrganizacao invejável mesmo referenciada pelos Dirigentes federativos. Antonio Costa
Caro António Costa
Desconhecia que o Campeonato tivesse sido “comprado” pela Câmara de Barcelos. Como deve aperceber-se, este meu registo para memória futura, baseou-se num Boletim volumoso que recebi da Federação de Patinagem e que ainda tenho arquivado. A Comissão Executiva de Barcelos aparece no intróito do boletim mencionando exactamente os nomes a que se refere no seu comentário. Tanto quanto posso ver e ler, o seu nome aparece na Comissão Organizadora da FPP daí que para mim, esta sua intervenção é valiosa no sentido que pormenoriza melhor as funções dos intervenientes. Aproveito para reiterar que este Mundial de Barcelos, dada a dimensão dos participantes, foi um dos mais fascinantes organizados em Portugal, sendo de se louvar todos que se empenharam para o seu enorme sucesso.
Amigo. Nunca recebi a resposta ao meu anterior Mail onde pedia o seu endereço. Gostaria de o ter para lhe enviar pormenores desse històrico campeonato. Cumprimentos António Costa
Caro Costa
Algo correu mal mas rectifica-se. O meu endereço: Rua 1º Maio,22 – PO.17 – Alcântara – 1300-474 – LISBOA.
Abraço. Velasco
Que belo testemunho aqui nos deixou Sr. Velasco…
No Verão de 1982 tinha 9 anos, sou de Barcelos, senti o burburinho da cidade e das suas gentes, não vi jogos no pavilhão mas “comia” tudo na velha televisão Nordemend que existia na mercearia dos meus pais. Recorde de ver uma equipa (sul-americana) a treinar no ringue de Barcelinhos.
As condições do pais eram muito diferentes das de hoje, só quem vivia na cidade tinha acesso a determinados desportos. Eu e os meus vizinhos jogávamos “hóquei” com sticks feitos de cabos de vassoura, com a parte de baixo “arredondada” por nós com um faca e com uma grosa, a bola era de uns gelados, que na época se vendiam na praia da Póvoa de Varzim.
Fiquei apaixonado pela Hóquei em Patins, depois veio a paixão pelo Óquei de Barcelos e pela emoção que foram os jogos no pavilhão, sobretudo nas décadas de 80 e 90. Praticar a modalidade, nunca tive esse prazer de o fazer, não seu se teria habilidade para isso, nunca patinei (apenas em patins em linha, mais tarde!), contudo gostaria muito de o ter feito, eu e muitos dos meninos da minha infância…
Obrigada,
Paulo Lobarinhas