MOÇAMBIQUE
O ano de 1949 foi de facto pródigo no lançamento de figuras do desporto que eventualmente registaram carreiras brilhantes no futuro. A visita da Selecção Nacional, Campeã do Mundo, convidada para a inauguração do primeiro rinque de Patinagem e de Hóquei em Patins do Grupo Desportivo de Lourenço Marques, funcionou como um talismã para os jovens que proliferavam pelos clubes da cidade, em especial os do SNECI.
No prefácio deste Site, a propósito desse evento, coloquei uma fotografia onde aparecem as equipas que iam defrontar-se, a Selecção Nacional e a equipa do Sindicato. Dela fui repescar o Marciano Nicanor da Silva, o guarda-redes pequenino que lá aparece, transformado no David da história já relatada, na categoria “Da Cartola”.
Seria injusto da minha parte, não extrair dessa mesma fotografia, o António de Castro Trindade e prestar-lhe a minha homenagem pelo que alcançou na sua extraordinária carreira desportiva e que com prazer descrevo nesta página.
Vou procurar seguir fielmente os dados fornecidos a meu pedido. Eles, por si, revelarão o extraordinário percurso dum atleta que foi meu companheiro de Hóquei em Patins, (e com futuro), mas que bem cedo trocou a modalidade pelo Ténis, pelo Ténis de mesa e Xadrez. Todos nós, os mais virados para a Patinagem, sentávamo-nos por vezes nas esplanadas e assistíamos aos seus treinos que, com uma frequência semanal elevada, eram orientados e estimulados pelo seu Pai e treinador. A persistência desse trabalho árduo, foram sementes que deram frutos saborosos.
«Nasci em 29 de Setembro de 1933 e a minha actividade desportiva teve início, a sério, em 1949 e prolongou-se até 1974.
Ténis – singulares
Fui Campeão de Moçambique: 15 títulos seguidos (1959 a 1974); Campeão de Lourenço Marques: 19 títulos (13 seguidos); Campeão de 1ªs Categorias (havia 2ªs e 3ªs categorias): 15 títulos (9 seguidos).
Torneios
Venci 198 torneios: 2 Internacionais; 15 pares-homens; 8 pares-mixtos. Obtive também vitórias importantes sobre o campeão da Nigéria e da Rodésia e, em pares-homens derrotei na final o nº 3 e nº 5 da África do Sul. Venci um total de 272 provas.
Ténis de Mesa – Campeão: 11 títulos; Torneios: 115; equipas 10.
Hóquei em Patins – Atleta do SNECI com uma passagem de 1 ano pelo Sporting Clube de LM.
A equipa do SNECI: Nicanor (Moreira), António Souto, José Souto, Velasco (um jogador aparte) e Trindade, que venceu vários torneios. Antes de esta equipa surgir, joguei contra os Campeões do Mundo, a célebre formação que inaugurou o rinque do Grupo Desportivo de LM.
Xadrez
Só joguei um ano – Fui Campeão de Principiantes; Vice-campeão de 3ªs Categorias; Vice-campeão de 2ªs Categorias e 14º lugar em 1ªs Categorias.
PORTUGAL
Ténis de mesa – Veteranos – Várias vezes Campeão Nacional por equipas, pela Casa Pia e vencedor de alguns torneios do Inatel. Venci 3 ex-Campeões Nacionais, respectivamente do Benfica e do Sporting. Joguei durante 6 anos, (e nunca consegui vencer o Louro).
Ténis 1986 a 2009 – Depois de uma interrupção de 12 anos, voltei a jogar com 53 anos de idade em Veteranos, só entrando em competição aos 55: -7 vezes como nº 1, Round +55; 10 títulos Nacionais (5 em +55, 2 em +60 e 3 em +70; 7 títulos Nacionais em +45 pelo Belenenses; 1 título Nacional em +55, pelo Clube de Ténis de Espinho: 2 Torneios Internacionais em +55, no Algarve, no seguinte total de torneios: 131 (31 em +45; 99 em +55 e 1 em +60).
Torneio Internacional Copa Ibérica (I.T.F.) – (Jogadores de várias partes do mundo).
Singulares – 12 títulos. Esta prova é feita em 3 etapas, Lisboa, Espanha e Algarve. Para vencer um título o mínimo duas vitórias e como tive ocasião de vencer algumas 3 etapas, obtive 28 vitórias.
Pares-homens – 7 títulos (14 vitórias), um total de 42 vitórias; A partir de 2003, realizaram-se 5 Masters, tendo vencido 4.
Casos invulgares – Circuito das Termas: 8 vezes, vencedor. Esta prova durou 8 anos e comecei a jogar com 63 anos no escalão +55; Masters do Circuito: venci 4 vezes em 8; Covilhã; torneio muito forte, em 20 anos, venci 16; vitórias importantes: no escalão +60, derrotei o 15º do Mundo, no escalão +65, o 7º do Mundo e vitórias sobre os campeões de Espanha e da selecção do mesmo país, nos +55, +60, +65 e +70.
Inédito – Com 63 anos e até aos 70, mantive-me dentro dos 3 primeiros lugares do Rank; com 64, nº 8 do Rank +45; com 68, nº2 no Rank +65 e +50; com 70, nº3 no Rank +55; com 68 anos, fui vencedor das Termas +55, do Masters +55, da Covilhã +55, da Copa Ibérica +65 (Lisboa, Espanha e Algarve). Fiz um trik e venci o Masters; com 69 anos, em 30 provas fui a 29 finais, com 13 vitórias e 16 segundos lugares; com 74 anos, na Copa Ibérica, no escalão +70 (ano 2008), fiz um trik mais o Masters. A partir dos 74 até agora, continuo a vencer no escalão +70. Num total de provas, incluindo equipas Nacionais e Internacionais, venci 297 provas até este momento.
Nota final – Em 2008, no Algarve, no escalão +70 (74 anos) na final, consegui uma grande vitória sobre um jogador americano, com o jogo praticamente perdido. Perdi a primeira partida por 7-5, quando vencia por 5-3. Na segunda, a perder por 6-5 e 30 a nada, ganhei por 7-6. No “super tie-break”, a perder por 8-4, acabei por vencer por 10-8.»
Este é na verdade um curriculum fora de série, se calhar digno do Guiness Book!
…
Não quero ficar de fora desta história, sem dizer que eu e o Trindade, entre a malta do SNECI, e por outros lados, não tínhamos adversários à altura no Ténis de Mesa e que, quando nos enfrentávamos, parava tudo no salão de jogos para apreciar. Diga-se de passagem que me ganhava mais vezes do que eu a ele.
A Secção de Ténis de Mesa do SNECI organizou-se a certa altura para participar num mega Torneio realizado no Salão ginásio do Clube Ferroviário, com a inscrição de umas dezenas largas de equipas. Os dois dirigentes da Secção, muito mais idosos que eu e o Trindade, em vez de nos emparceirar, formaram duas equipas, cada um deles acoplando-se a um de nós. Claro que naquela altura, o que desejávamos era jogar e não nos apercebemos da má estratégia utilizada. Como consequência, tanto eu como o Trindade tínhamos de ganhar os nossos jogos, pois os nossos parceiros perdiam os deles, e fazer um esforço titânico, para vencer as partidas de desempate, a pares, a fim de prosseguirmos. Como era de esperar, resistimos o máximo na progressão, tendo as duas equipas eventualmente sido eliminadas. Ganhou a equipa do Ferroviário, que integrava o Campeão da modalidade, Trigo de Morais, um verdadeiro artista de se ver. Pelo caminho, se não estou a sonhar, ainda bati o 3º ou 4º classificado de Inglaterra, um técnico inglês, na altura a trabalhar para o Rádio Clube de Moçambique, cuja equipa entrou no torneio.
Deixei de jogar Ténis de Mesa quando o Trindade apareceu no clube, agora muito dedicado à modalidade de que se tornou campeão, para treinar comigo, trazendo umas raquetes de esponja japonesas, novidade na altura. Este avanço tecnológico, eliminou a sonoridade da raquete de lixa, de decibéis elevados, à qual estava formatado, e deixando de achar graça às bolas que vinham do outro lado da mesa, como mísseis silenciosos. Desinteressei-me da modalidade que contudo, sempre achei benéfica para o desenvolvimento de reacções rápidas, cujo efeito se reflectia na prática do Hóquei em Patins.
Quanto ao Ténis tradicional, comecei a praticá-lo regularmente aos 42 anos de idade, no Ellis Park de Johannesburg, com vários amigos e o Carlos Garcez, destacando este último pela simples razão que se assumiu como meu treinador. Graças a ele e ao meu entusiasmo e espírito competitivo, evoluí de tal forma que o derrotei no único torneio realizado a sério, entre uma vintena de participantes, com ele a justificar-se de um qualquer impedimento relacionado com o “tennis elbow”. Regozijei na altura, apesar de também ter sido eliminado e animei-o, dizendo-lhe: – “Queres maior glória do que seres batido pelo teu aluno”?
Quanto ao “ping-pong“, continuei a praticá-lo por esta altura, agora com os meus amigos António (Toninho) Rodrigues, António Carlos e, inclusivamente, o meu professor de Ténis Carlos Garcês, quando, todas as sextas-feiras, à noite, passeávamos por Hillbrow.
De regresso a Moçambique, em 1978, nos mesmos courts do Jardim Vasco da Gama, onde o António Trindade ganhava sistematicamente ao seu eterno rival, professor Prata Dias, venci um torneio de 2ªs Categorias, em que participaram bastantes tenistas locais e estrangeiros da Cooperação, tendo inclusivamente sido convidado a integrar-me na categoria superior, a dos “Trutas”, que jogavam nos “courts” mais abaixo, onde as coisas não eram nada fáceis.
Infelizmente, o acidente que me vitimou, interrompeu a minha “mais que evidente carreira gloriosa” nestas novas andanças do ténis, o que lamento, pois gostaria de estar hoje a apanhar umas valentes tareias do meu companheiro e amigo António Trindade, o Campioníssimo.
…
Num aditamento a esta peça publicada em 25 de Outubro de 2010, venho hoje, 16 de Abril de 2013, adicionar novos feitos que nesse interim foram realizados pelo Trindade, que pelos vistos continua imparável!
Campeonato Nacional +70 3 títulos
1 Copa Ibérica +70 e 1 Copa Ibérica +75
1 Master + 70 e 1 Master +75
1 Pares homem +65
2 Torneios itf +70
2 Torneios normais
1 Copa Ibérica +75, ganha em Março 2013
1 Internacional Open Catanhede itf +65, Outubro 2013
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Mais um aditamento. Este nosso amigo Trindade soma e segue e faz-me desejar que comece a perder pois não quero passar o resto da minha vida a abrir esta página para adicionar as suas proezas. Pelo andar da carroça, e pela amizade de antigamente, abrirei uma excepção e anotarei as suas vitórias, o máximo, até às provas +90, se eu lá chegar…
Outubro 2014
Campeão Nacional de Veteranos +70
Vice Campeão Pares +65 … (Se calhar o parceiro era um aselha!!!)
A.Trindade um campeão. Foram poucos os que ovenceram, caso de Luis Trigo Morais, tenista eclético,campeão absoluto de juniores de Manica e Sofala de 68 a 72, tendo ganho a Trindade em L.M. Venceu em 74, o torneio Internacional de L.M e em 79 foi campeão da província de Northern Natal, tendo sido o 1º seleccionador nacional de Moçambique. Em 1982 levou Moçambique à vitória contra Angola. Mas A.Trindade um Grande Campeão, Um Senhor de Respeito!
Exmo. Sr.
prezo muito de ainda verificar que o Sr. continua no activo e apesar de não o conhecer , ouvi muitas histórias que me foram transmitidas em que também foi mencionado o sr. Trindade pelo meu pai que como o meu nome pode verificar é facil de identificar que foi o JORGE VEIGA.
O que não li foi que no anos em que jogaram ténis de mesa em Lourenço Marques am alguma vez o ter mencionado visto ter sido ele o melhor jogador de tenis de mesa alguma vez ter aparecido por aquelas terras.
aguardo algum comentário sobre este assunto.
cumprimentos
jorge veiga
Caríssimo Jorge Soares da Veiga
Antes de mais, devo enfatizar que as minhas memórias do ténis de mesa foram essencialmente aquelas que descrevi. Infelizmente, não me recordo do seu pai Jorge Veiga, que como escreve, foi marcante naquelas terras. O meu envolvimento nesta modalidade foi curto, limitado ao prazer de praticá-la entre os amigos, nomeadamente os da malta do SNECI, daí que não o tenha encontrado. Não sei se terá alguma fotografia dele, que me possa enviar pelo e-mail, pois teria muito gosto em inseri-la na mesma página, com um trecho seu a acompanhá-la. Pretendo que o meu Site seja histórico, se bem que circunscrito, mas seria curial adicionar novos elementos.
Por outro lado, por uma coincidência estranha que tem a ver com o seu apelido Soares da Veiga, descrevo o seguinte:
Em 1705 um antepassado meu, Domingos Franco Bélico de Velasco, casou-se com Francisca Maria de Sousa Falcão. Tiveram um filho António Franco Bélico de Velasco que se casou com Catarina Teresa de Ataíde Pereira. Deste matrimónio resultou uma filha, Maria Francisca Severim Bélico de Sousa Velasco. Esta senhora casou-se com Francisco Xavier Soares da Veiga, sendo engraçado como o meu nome aparece colado ao seu apelido.
Se o caro amigo Jorge descende desta distinta e aristocrática família Soares da Veiga, então somos Primos!
Um abraço. Francisco
Em 1975, no cumprimento do serviço militar fui de Lisboa para Lourenço Marques. Era jogador de ténis de mesa do S.L. e Benfica e tínhamos-nos sagrado campeões nacionais por equipas, fazendo parte dessa equipa de séniores, onde pontificavam João Rui, José Alvoeiro e eu próprio.
Em Fevereiro realiza-se um Torneio Aberto nas instalações do Desportivo e fui à Final com António Trindade (bom jogador), onde venci por 3-O.
Nunca mais vi A.Trindade em Moçambique, nem tão pouco no almoço, comemorativo do Torneiro acima referido.
Ainda venci outro Torneio, desta feita sem a presença de António Trindade
Caro Aníbal Correia
Será como diz, em 1975 eu estava na África do Sul. O registo elaborado pelo Trindade refere-se ao período de 1949 a 1974. Como é óbvio, como ganhador que sempre foi, não deve ter digerido bem esses 3 a 0 que menciona.
Os campeões colocam nas suas vitrinas as medalhas ganhas, com as respectivas etiquetas e jamais se referem aos espaços vazios entre elas, onde moram inumeráveis derrotas. É normal, é da natureza humana.
Um abraço
Agradeço a resposta. Tenho informação escrita e fotografias (jornais de Moçambique) sobre a minha vitória sobre A.Trindade, caso exista algum interesse em “alimentar” estas noticías.
Todavia, o que me levou a escrever sobre vitórias alcançadas de A.trindade, sobre ex-campeões nacionais do Benfica e Sporting, terá sido a minha curiosidade. A quem terá ganho ???
No entanto, quando este refere que nunca venceu José Louro (infelizmente, já falecido), ao contrário de mim, tenho o resgisto de ter conseguido vencer este grande atleta e amigo
Para terminar , reforço que a minha motivação prende-se com o facto de, tendo sido A.Trindade um enorme atleta, não será necessário colocar-se num determinado patamar. Isso, caberá aos analistas… ou seja, a justeza, ou não, desse mesmo patamar
Obrigado
Caro Aníbal Correia
Não há dúvidas que estou a lidar com dois campeões de ténis. A relevância dada a António Trindade deve-se exclusivamente ao facto de ter sido meu companheiro nos júniores e seniores de hóquei em patins, modalidade que ele descartou bem cedo, tal como vem na peça. Não há dúvidas que ele viveu e ainda vive apaixonadamente a sua modalidade de escolha, como todos os grandes campeões e o meu fito foi abordá-lo para que listasse todos os seus feitos. Fiquei espantado pelo que alcançou e que achei curial publicar tal como ele o manuscreveu. Não houve intenção de menorizar outros célebres tenistas mas simplesmente ligá-lo à minha própria carreira carreira desportiva.
Claro que nas vitrinas da nossa casa, expomos as medalhas que ganhámos enquanto que nos espaços entre elas não aparecem as medalhas das derrotas que sofremos.
Deviam oferecer medalhas legendadas com as derrotas que sofremos. A vermos bem as coisas, foi a superação dessas mesmas derrotas que nos levaram à esteira das vitórias.
Um abraço
Olá, Velasco!
Em primeiro lugar, parabéns pela página, adorei!
Começando pelo Veiga…na foto que coloquei e onde está a Maluda ele é o segundo a contar da direita, está de calças. Bom jogador…perdi-lhe o rasto cedo…agora ser o melhor jogador que apareceu em Lourenço Marques…ainda vai uma grande distancia. Não sei se ainda está entre nós…gostava de poder comunicar-me com ele. Espero que o filho leia esta mensagem.
Sobre o Aníbal Correia…não duvido das qualidades dele e de ser um grande desportista, ainda por cima a representar o meu clube (Benfica), eheeh, mas há algo a salientar. Quando é que ele apareceu em Lourenço Marques? Em 1975, disse-o ele. A fase mais representativa do Ténis de Mesa, em L.Marques, foi em finais dos anos 50 na década de 60. O torneio a que se refere, no Desportivo, em 1975, não me recordo e nessa data já tinha posto um ponto final no Ténis de Mesa. Por conseguinte, com a escassez de torneios é natural que o Trindade não estivesse no seu melhor e a idade é um factor a contar…enquanto o Aníbal Correia, muito mais novo e em competição recente estaria em muito melhor forma. Pena é que não tivesse aparecido no período a que me referi antes, seria uma mais valia para o Ténis de Mesa local. Nessa altura o Luis Choi e o José Kong passaram por L. Marques e fizeram alguns jogos de exibição, entre eles e connosco. Claro, a diferença de nível de jogo era enorme…mas também não foi “toma lá dá cá”. Quando se fixaram em Portugal…foram campeões nacionais.
Por último, gostava de saber se o nome Mário Monteiro te diz algo. Pelo que sei…parece ter jogado no Sindicato, há “long time”…
Um abraço…e uma vez mais parabéns pela papágina…
Caro Magno
Obrigado pelo elogio que sacudo-o para o Campioníssimo. Sobre esta sua intervenção pouco posso discorrer pois refere-se a períodos em que eu não estava em Lourenço Marques e só teremos de aguardar que alguém da época leia esta sua mensagem. O Trindade seria uma fonte interessante mas ele só está interessado em ganhar provas, não comenta sequer na página que lhe dediquei. São obsessões de um “velho jovem”… De 1966 a 1978 eu vivia em Johannesburg, contudo posso corroborar que a fase bastante representativa do Ténis de Mesa foi a que mencionou, de finais de 50 e década de 60. Para mim, um dos melhores jogadores foi o Trigo Morais, aliás campeão local. Quanto ao Mário Monteiro, conheci um Monteiro que jogou hóquei no Sindicato, baixo e de óculos, pertencente à geração anterior à minha, pioneiros da modalidade. Será esse? Deverá então ter hoje à volta de noventa anos, tal como o meu irmão, se ainda anda por cá. Um abraço.
Olá, Velasco!
Bingo! Ou melhor dizendo…certo! É esse o Mário Monteiro. É meu primo direito e já faleceu há longos anos, em Portugal. A mãe dele (minha tia e irmã do meu pai) esteve casada com o Nazareth, proprietário da farmácia Nazareth (de frente ao antigo BNU), também os dois já falecidos há muito…
Por último, as minhas desculpas por ter introduzido comentários que nada têm a ver com o grande António Trindade, grande amigão!
Um abraço!
Caro Magno
Aí vai o seu primo:http://www.francisco-velasco.com/wp-content/uploads/2011/05/2.-Velha-Guarda-1943-640×463.jpg
Abraço
Obrigado, Velasco!
É ele mesmo…
Abraço
Boa Tarde
Ainda em relação ao “Post Comment”, de Magno Antunes.
Tem razão quando diz que a diferença de idade conta. Eu tinha 22 anos e A.Trindade 40.
Todavia, essa não foi a razão principal da derrota desse “vosso” grande atleta, já que esta, fundamenta-se na diferência de competências, ou nível, se assim entenderem. Ou seja, na teoria (e aconteceu na prática) A.Trindade não poderia ganhar já que o seu patamar (nível) era abaixo daquele que se praticava em Portugal Continental. Mais ainda : não sendo eu o nº.1 em Portugal Continental, A.Trindade era o nº. 1 em Moçambique. Logo…
Como curiosidade : ninguém obrigou A.Trindade a participar no Torneio e saberão que o fez, para vencer.
Da mesma forma ninguém o proibiu de participar no Torneio seguinte, onde não se inscreveu.
Cumprimentos
Aníbal Correia
Boa tarde, caro Aníbal Correia
Ao tempo em que eu e o Trindade jogávamos ténis de mesa, poucos haviam que nos batessem nessa modalidade. Teríamos no momento os tais 20 anos. Enquadrando épocas e os artista, o Trindade já fôra campeão de juniores do ténis de lawn court e seria já talvez campeão em seniores. Foi então que se realizou um torneio do célebre “ping-pong” em participaram dezenas de Clubes e os pares de atletas que os representavam, num bota-fora que relatei na página do Trindade. O “Campioníssimo” era um jogador de nome Trigo Morais, o verdadeiro Campeão de Lourenço Marques, na digno de se ver a actuar… Eu sempre pratiquei a modalidade buscando níveis elevados, fazia-o para me entreter sem a obsessão de ganhar como o António, e esse foi o segundo e último torneio em que participei e o melhor que fiz foi vencer numa das eliminatórias, um inglês técnico de rádio, contratado para qualquer montagem. Representou o Clube Rádio de Moçambique e tinha sido o 4?classificado em Inglaterra. Desaparecemos os dois do circuito, regressando ele ao seu país e eu ao empenhamento dieario da prática do hóquei em patins. O Trindade lá continua a mandar-me anexos das suas mais recentes vitórias no lawn tenis nos mais +60, mais +70, +80 e talvez, qualquer dia -100… um abraço.